Luiz Eustáquio repercute caso de racismo a motoboy no Rio Grande do Sul

O vereador Luiz Eustáquio (PSB) repercutiu um fato que classificou como caso de racismo e que ocorreu no dia 17, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre (RS), quando um homem negro foi detido pela polícia, apesar de ter sido vítima e ter recebido uma facada de um outro homem, branco, morador da mesma cidade. “O racismo precisa ser combatido. O motoboy Everton foi esfaqueado por um branco e, mesmo assim, terminou sendo levado na caçamba da viatura”, disse o parlamentar, na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta segunda-feira (19).

Luiz Eustáquio disse que estava trazendo à tribuna um caso que ocorreu no Sul do País porque “o racismo está institucionalizado e nós não podemos mais aceitar esses absurdos”. O vereador contou que a tentativa de homicídio ocorreu na manhã de sábado quando o homem branco saiu do prédio onde morava porque estava incomodado com os motoboys que trabalhavam nas proximidades do edifício. Armado com uma faca, o homem terminou esfaqueando um deles, chamado Everton, que é negro. Pessoas que viram a cena chamaram a polícia, mas quando os policiais chegaram ao local, em vez de abordar o criminoso, dirigiram-se ao esfaqueado.

“Everton é homem negro e pobre, e por isso os policiais já partiram para cima dele, sem apurar os fatos. O absurdo que aconteceu foi inominável”, avaliou Luiz Eustáquio. Para o vereador, é preciso denunciar os casos de racismo, em todo o Brasil, a exemplo do que ocorreu no Rio Grande do Sul. Segundo ele, o motoboy Everton ainda argumentou dizendo aos policiais que eles estavam errados, pois acreditava que eles confundiram o agressor com a vítima.

Luiz Eustáquio acrescentou que, por ter argumentado com os policiais, Everton terminou sendo algemado e foi levado na caçamba da viatura. Enquanto isso, o homem que o esfaqueou, voltou para o apartamento, deixou a faca e quando voltou foi levado para a delegacia, dentro do carro, ao lado dos policiais. “Para nós, que somos negros, isso não é novidade. Mas, precisamos dar um basta! Precisamos ser respeitados. O que correu foi uma consequência de mais de 300 anos de escravidão”, disse o parlamentar.

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Em 19.02.2024.