Rinaldo Junior lamenta morte do porteiro José Washington de Santana e faz balanço do Carnaval do Recife

O porteiro José Washington de Santana, de 53 anos, foi morto, na última semana, por um major da reserva do quadro de oficiais médicos da Polícia Militar de Pernambuco, em um prédio no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade. De acordo com o vereador Rinaldo Junior, José Washington trabalhava no prédio há 22 anos. “Ele tomava conta do controle de acesso e da segurança do condomínio Monte Pascoal, em Boa Viagem. No dia em que perdeu a vida, esse trabalhador se despediu da mulher, do filho e foi trabalhar com a esperança de voltar com o pão de cada dia. Mas ele não voltou”, afirmou. 

Ao lamentar o ocorrido, Rinaldo Junior destacou a lei de número 19.041/2023, de sua autoria, que cria novas regras e critérios para a construção de novas guaritas nos prédios do Recife. “Essa lei prevê que as portarias, a partir da data de promulgação, sejam blindadas, climatizadas e tenham banheiro, nas suas dependências. Essa lei foi construída pelo sindicato da categoria, que nos procurou e fizemos juntos. Mas ela foi pensada em quem está do lado de fora da guarita, jamais imaginamos que o perigo estava dentro”, detalhou 

Segundo o parlamentar, a portaria do prédio em que  José Washington de Santana trabalhava não tinha porta e nem serviço de tranca da porta na parte interna. “Então, o covarde desceu e, a sangue frio, tirou a vida do trabalhador. Esse projeto de lei é uma conquista da Casa do povo e precisa ser levado para todo o Estado. “Essa violência foi só a ponta do iceberg, porque todos os dias o trabalhador em condomínio sofre agressão verbal, racismo, ataques homofóbicos, aporofobia [aversão às pessoas pobres], porque tem muita gente que ainda acha que está no tempo da escravidão e tem que tratar o porteiro de qualquer forma”, destacou. 

Carnaval - O vereador Rinaldo Junior voltou à tribuna durante o Grande Expediente da reunião plenária desta segunda-feira,  para destacar os números que o Carnaval gerou para o Recife. “Tivemos 3,4 milhões de foliões no nosso Carnaval, eles brincaram 20% a mais do que no ano passado. Foram gerados 57 mil postos de trabalho, há quem diga que Carnaval não é importante, mas pergunte aos 57 mil trabalhadores que, nesse período, puderam levar o pão de cada dia para casa”. 

O parlamentar informou, ainda, que foram gerados R$ 2,4 bilhões na economia do Recife. “Isso tudo é fruto de uma articulação que começou ainda em novembro, porque o Carnaval para o recifense é coisa séria". 

Ao total, foram três mil atrações artísticas, sendo 98% de atrações locais, divididas em 49 polos. "Eu, como folião, tive o prazer de estar por três dias no Marco Zero, que foi um show de segurança, tudo funcionou. Inclusive, a Abrasel comunicou que somente um polo gastronômico gerou em torno de R$ 1 milhão em negócios. É muito recurso gerado”, disse. 

Em aparte, a vereadora Aline Mariano (PP) comentou sobre a participação dos pequenos blocos e troças. “O nosso Carnaval foi o maior em linha reta da história do Recife. Tínhamos ritmos para todos os gostos, porque cultura é isso”. Já o vereador Victor André Gomes (União Brasil), informou que 96% da rede hoteleira da cidade foi ocupada durante a festa de Momo. “Números que passam de R$ 2,4 bilhões. Até quem colocou gosto ruim achando que o nevou do prefeito era cortina de fumaça, o nevou atraiu centenas e milhares de turistas para entender o nevou do nosso Carnaval”. Por sua vez, o líder da bancada de governo na Casa, Samuel Salazar (MDB), referendou os discursos que o antecederam. “Como prometido, esse Carnaval foi o maior do Recife. A movimentação econômica gerada em torno da cidade foi muito grande, inclusive em relação ao nevou”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre o porteiro José Washington de Santana.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre o Carnaval do Recife.

Em 19.02.2023