Ivan Moraes fala do golpe militar de 1964 e do plano de contingência municipal do inverno

O vereador Ivan Moraes (PSOL) tratou de dois temas durante a reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta terça-feira (2). Um deles foi a decisão do Governo Federal de não realizar eventos oficiais que trouxessem para reflexão os 60 anos do golpe militar de 1964, que foi lembrado entre os dias 31 de março e primeiro de abril; e o outro, a necessidade de haver uma melhor divulgação do plano de contingência da Prefeitura do Recife, que prevê obras para reduzir os danos em áreas sujeitas a inundações e deslizamentos de barreiras durante o inverno.

“É importante lembrar os 60 anos do golpe militar de 1964. Infelizmente o Governo Federal largou mão de realizar atividades, assim como desistiu de construir o Museu da Verdade. Entendo que não podemos esquecer que, hoje, ainda tem gente que não gosta de democracia e quer atropelar quem quer participar da política”, disse Ivan Moraes. Ele sublinhou que durante a vigência do regime militar “o livre debate democrático não existia e as pessoas eram presas ou mortas por discordar do regime”. Ele acrescentou ser “importante lembrar o passado para que ele não vire presente”.

Em seguida, o vereador afirmou que esteve, segunda-feira, numa audiência pública cujo objetivo foi a divulgação do Plano de Contingência municipal, apresentado em função da proximidade do período chuvoso. O plano pretende criar protocolos para mitigar os efeitos dos eventos climáticos no Recife. “Uma das informações que me chamou a atenção foi o valor de recursos envolvidos, R$ 300 milhões. É um valor muito alto para evitar os danos neste inverno. Mas as obras não vão melhorar a vida da população neste inverno, pois a Prefeitura disse que as obras ainda não foram sequer licitadas.  O período chuvoso já começa na próxima semana”, alertou.

Ivan Moraes acrescentou que o plano de contingência municipal repete atividades e ações que foram realizadas no ano passado. “Eu participei da apresentação e a minha esperança é que, agora, seja divulgado um novo plano. E que ele chegue nos territórios como a Bacia do Tejipió e o Jardim Monte Verde, que são áreas de alagamento e onde se registram deslizamentos”. O vereador observou que é preciso que o plano traga informações básicas sobre onde estão os abrigos para as populações que venham a ser atingidas pelos eventos climáticos e que traga, também, informações sobre as rotas de saída para essas populações.

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Em 02.04.2024.