Aline Mariano relata caso de intimidação política contra o seu mandato
“Acredito piamente em um regime democrático. Todo e qualquer agente público pode receber elogios e críticas. Faz parte do jogo da democracia”, disse Mariano na tribuna. “Mas o que aconteceu na última terça-feira no bairro da Várzea ultrapassou todos os limites do bom senso, porque não foi um protesto natural. [Mas] pessoas que foram plantadas na rua Coronel Pacheco, no bairro da Várzea, para xingar, ofender a mim e a minha dignidade pessoal. Eu tenho vários vídeos que comprovam o que eu estou falando”.
“Venha, que a senhora vai ver”; “estamos te esperando”; “quero ver se tem coragem”; e “a Várzea tem dono” teriam sido algumas das mensagens recebidas pela vereadora em seu celular. Já durante o evento, de acordo com ela, um membro do grupo que teria sido “orquestrado para coagir, amedrontar, atrapalhar o anúncio” teria tentado intimidá-la com gestos obscenos.
“Sou mulher, sou parlamentar e tenho uma história de serviços prestados em todos os bairros desta cidade. O Recife me conhece”, afirmou. “Tudo desagua na vontade de oprimir. Mas, se eu tivesse medo, eu teria escolhido uma outra função”.
Em seu discurso, Aline Mariano mencionou que teria identificado uma das pessoas envolvidas no fato como um assessor parlamentar do vereador Davi Muniz (PSD). Presente no plenário, o vereador pediu direito de resposta. “Se meu assessor tratou mal alguém aqui, pode procurar os seus direitos”.
Requerimento- A vereadora Aline Mariano retornou à tribuna nesta segunda-feira para destacar o requerimento nº 4929/2024, de autoria do vereador Marco Aurélio Filho (PV) e da vereadora Natália de Menudo (PSB), formulando apelo à secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda do Rego Cavalcanti, para informar sobre a situação das vagas de UTI neonatal e pediátrica na rede de saúde do Sstado de Pernambuco.
Ela cobrou mais eficiência da pasta e lamentou a situação que vem ocorrendo. "É o que tem acontecido na saúde pública, algo estarrecedor uma redução de 15% dos recursos destinados aos hospitais públicos. É a primeira vez, depois de 16 anos, que a saúde pública não se equipara ao valor que deveria ser estabelecido de acordo com a inflação. Sem dúvida alguma, a saúde está na UTI, essa é a realidade”.
A parlamentar ressaltou que a governadora Raquel Lyra deveria ter alguma resposta em relação ao problema e citou dados de reduções nos investimentos à saúde. “A fila de Central de Regulação da Saúde é um verdadeiro corredor da morte. Há insuficiência de medicamentos e carência de recursos médicos. A governadora Raquel Lyra deveria vir a público e responder porque essa redução tem impactado fortemente vários hospitais. Quero reforçar aqui alguns dados: o Hospital Getúlio Vargas teve redução de 7,25% e vemos falhas estruturais graves com grande acúmulo de lixo. O hospital Barão de Lucena, que é a maior emergência pediátrica do Estado, teve redução de 13,8% no repasse de recursos e um total caos com a falta de insumos básicos”.
Clique aqui ou aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.
Em 27.05.2024