Carlos Muniz reflete sobre ações para prevenir tragédias com enchentes

A preparação da Região Metropolitana do Recife para desastres como o que ocorre desde o final de abril do Rio Grande do Sul foi o tema de um discurso proferido pelo vereador Carlos Muniz (PSB) na tribuna da Câmara Municipal nesta segunda-feira (20). Durante a reunião plenária, o parlamentar ocupou a tribuna para repercutir os investimentos feitos recentemente pela Prefeitura nessa área. Ele indicou, ainda, a necessidade de o Governo do Estado se pronunciar sobre as condições de barragens como Tapacurá, localizada nas cercanias da capital.

Ao plenário, Muniz fez um comparativo entre as condições de urbanização e desenvolvimento econômico de Pernambuco e Rio Grande do Sul, e do Recife e Porto Alegre. “O índice de desenvolvimento urbano do Rio Grande do Sul é o quinto do Brasil. O de Pernambuco é o 19º. Recife está incrustado entre o mar e os morros”.

O município tem promovido investimentos importantes para mitigar as deficiências urbanas e de drenagem, de acordo com o parlamentar. Ele lembrou que, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas, o Recife é a 16ª cidade do mundo mais vulnerável à crise climática. “Recife tem feito investimentos que estão na ordem de R$ 1,5 bilhão no ProMorar. Vão ser feitos reservatórios, a dragagem do rio Tejipió. Vão ser colocadas comportas – e comportas automáticas, porque no Rio Grande do Sul as comportas eram fechadas com retroescavadeira ou manualmente, face à falta de manutenção”, relatou. Na URB, só em relação às encostas vão ser investidos R$ 80 milhões. A previsão do Plano Municipal de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais foi feita e será publicado em breve. Recife tem buscado, constantemente, fazer um trabalho de verificação de tudo aquilo que pode afetar a nossa cidade”.

Para Carlos Muniz, é necessário prestar especial atenção à manutenção das estruturas hídricas. Ele disse que vai cobrar das autoridades estaduais pernambucanas atenção nesse sentido. “O sistema de drenagem daquele Estado [Rio Grande do Sul] foi feito na década de 1970 e não houve a devida manutenção. Tanto que teve diques rompidos, comportas com fissuras. Bem como as bombas: em torno de 23, só tinha quatro em funcionamento, tanto que São Paulo mandou 18 bombas para aquele Estado”, afirmou. “Vou fazer um requerimento para a Secretaria de Recursos Hídricos perguntando como estão tanto a segurança quanto a manutenção das barragens. Eu recebi um vídeo da barragem de Tapacurá e a casa de bombas simplesmente não tem portas. E como está a segurança disso? E se houver um vandalismo?”

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Em 20.05.2024