Luiz Eustáquio defende união nacional pelo Rio Grande do Sul

Ele frisou a importância das campanhas de arrecadação e da colaboração de toda a sociedade. “É como se fôssemos nós. Moramos aqui no Recife, mas se estivéssemos passando por aquilo ali também precisaríamos de socorro. A gente vê o drama, o sofrimento e a angústia de quem perdeu pessoas e perdeu tudo o que construiu. Para muitos só sobrou a vida e para outros nem a vida sobrou”.

Luiz Eustáquio sugeriu que a Comissão Executiva da Câmara do Recife avalie a possibilidade de fazer uma doação para o Rio Grande do Sul. “É um gesto importante para a vida das pessoas que estão passando necessidade, sofrendo e não é só agora. A água vai parar, mas o Estado vai precisar ser reconstruído. É um papel de todo brasileiro poder participar dessa reconstrução. A dor daquele povo é a minha dor e é a dor de cada um de nós”.

Canal Santa Terezinha – Outro tema trazido pelo vereador foi a situação do Canal de Santa Terezinha, localizado no bairro de Santo Amaro, e também a situação dos moradores das palafitas que ficam no local. “Aquela ocupação aconteceu ainda no governo de João da Costa. Eu coloquei 200 mil reais de emenda para tentar fazer aquele canal, mas ele não saiu. São pessoas que eu conheço e é preciso que elas tenham moradia. A gente precisa daquela obra feita porque vai ajudar todo o bairro, que está ficando inundado”. O parlamentar disse ainda que a governadora Raquel Lyra esteve no local, prometeu tirar as pessoas e resolver a situação. “Queremos isso há muitos anos e lutamos nessa direção”.

Racismo - O vereador Luiz Eustáquio (PT) voltou à tribuna na reunião plenária da manhã desta segunda-feira. Dessa vez, para convidar os demais parlamentares para a reunião pública que promoverá logo mais, às 15h, para debater a lei municipal que institui a “Semana Municipal de Enfrentamento ao Racismo Marta Almeida”, criada a partir do projeto de lei Ordinária (PLO) número 255/2023, de sua autoria. “Eu não poderia deixar de registrar essa reunião pela importância da luta pelos direitos, respeito e justiça para o povo negro. Essa lei é de nossa autoria e busca isto, garantir no nosso município, na nossa sociedade, direitos iguais. Não queremos mais direito do que ninguém”.

Luiz Eustáquio lembrou que a reunião ocorre no dia em que, teoricamente, fala-se do dia da Abolição da Escravatura. “É uma data questionada, pois de fato não houve libertação alguma. Pelo contrário, foi um momento de aprofundamento do racismo”, disse. Ele explicou que o Brasil foi obrigado a acabar com a escravização por contingência internacional, uma vez que o comércio exterior não permitia mais aquele tipo de mão de obra. “O Brasil foi obrigado a não escravizar porque na Europa e nos Estados Unidos o trabalho negro já era pago. A concorrência comercial é que forçou a acabar com aquela situação”.

De acordo com o vereador, com a exigência internacional, o racismo aumentou ainda mais porque o povo negro foi jogado nas ruas, sem trabalho e sem condições dignas de sobrevivência. “Ainda hoje o povo negro paga um preço muito alto. Vamos continuar lutando, inclusive na data que acertamos, é 13 de setembro [Semana Municipal de Enfrentamento ao Racismo Marta Almeida]. Hoje é o momento de registrarmos nossa posição, pois queremos cada vez mais garantir liberdade, segurança e proteção para o povo negro”. O vereador Ivan Moraes (PSOL) pediu aparte e saudou Luiz Eustáquio pela luta dele contra o racismo. Ivan Moraes disse que o 13 de maio “não é dia de negro, mas não devemos deixar de refletir sobre”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre a Semana de Enfrentamento ao Racismo Marta Almeida. 

Em 13.05.2024.