Michele Collins pede armamento da Guarda Civil Municipal do Recife e critica projeto de lei da Mãe Coruja

A vereadora Michele Collins (PP) debateu o requerimento número 4273/2024, de autoria do vereador Alcides Cardoso (PL), dirigindo indicação ao prefeito João Campos, para adotar as medidas necessárias visando armar a Guarda Civil Municipal do Recife (GCMR). Ela disse, na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta segunda-feira (13), que armar o efetivo é uma forma de prevenir a violência urbana e que a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, é um exemplo de cidade onde o armamento da guarda deu bons resultados. A vereadora também debateu, em outro momento da reunião, o projeto de lei do Executivo número 11/2024, que cria o Projeto Mãe Coruja.

Durante o debate do armamento, Michele Collins comparou guardas municipais a vigilantes e observou que esses últimos são contratados por empresas privadas que terceirizam a mão de obra, mas que as firmas particulares nem sempre oferecem reciclagem para treinar os profissionais que trabalham armados. “Já os guardas municipais, que são concursados, podem ser preparados para trabalhar com armas de fogo. Nós temos um exemplo aqui na Câmara do Recife, que deu muito certo. No anexo onde o meu gabinete está instalado, o guarda municipal foi substituído por um vigilante armado e a sensação de segurança aumentou. Afinal, o que um guarda poderia fazer diante de um caso de assalto, por exemplo?”, questionou.

No final dos debates, o requerimento do armamento da guarda foi aprovado. Ainda no discurso, Michele Collins, sem citar nome, disse que dava “graças a Deus” porque “um secretário municipal do Recife, que vinha na função desde a época de Geraldo Julio", afastou-se do cargo. Com essa nova realidade, a parlamentar acredita que o prefeito João Campos poderá mudar de ideia e adotar a política de armar a guarda municipal. “Eu faço um apelo para que o prefeito e o secretariado possam refletir sobre esse tema. Armar a guarda é fazer o dever de casa, em se tratando da gestão municipal. Essa medida é uma forma de prevenção à violência, que não é uma responsabilidade exclusiva do Governo do Estado”, disse.

O vereador Ronaldo Lopes (PP) pediu aparte e concordou com as palavras da vereadora.  “Esse tema é importante e entendo que o município tem um papel muito importante no combate à violência. O Recife é uma cidade muito violenta e desigual, portanto a guarda municipal tem que trabalhar armada para cuidar do patrimônio público e para garantir a segurança do povo”. Ele disse que uma pesquisa da Secretaria da Defesa Social (SDS) comprovou que no primeiro bimestre deste ano, houve um aumento de 43,9% dos assassinatos no Recife, comparados ao ano anterior. “Foram 141 assassinatos e o crescimento da violência é preocupante. Portanto, a Prefeitura do Recife também tem que dar a sua contribuição no combate à violência, pois essa não é uma atribuição exclusiva do Governo do Estado. O armamento da guarda municipal é uma forma de ajudar na segurança pública”, disse.

Mãe Coruja - A vereadora Michele Collins (PP) retornou à tribuna da Casa de José Mariano, nesta segunda-feira, para tecer críticas em relação ao projeto de lei nº 11/2024, de autoria do Poder Executivo, que dispõe sobre o programa Mãe Coruja Recife. A matéria foi aprovada por 22 votos sim e 2 não, em primeira discussão.

“Que a valorização devida das mulheres da cidade do Recife seja efetiva por meio desse programa que é excelente e que se destina a mulheres que fizerem o pré-natal e receberão um kit enxoval. Mas, infelizmente, esse projeto é, nas suas entrelinhas, um desserviço para as mulheres e mães porque destina-se a gestante mulheres ou pessoas com útero. O nome do programa é Mãe Coruja, não é pai coruja”.

A parlamentar exibiu um papel, na tribuna, com palavras discordando do projeto do Executivo e fez um apelo para que a proposta seja modificada. “Aqui está um papel com a frase: Prefeito, respeite as mães. O programa é maravilhoso, mas, em protesto, eu vou votar contra porque nós precisamos ser respeitadas. Homem é homem e mulher é mulher. Você pode mudar até no documento, mas você foi criado por Deus homem e você foi criado por Deus mulher. O que prevalece é o que Deus fez. Jamais eu vou abrir mão de princípios e valores que são fundamentais para homens, mulheres e todos os seres humanos. Respeito quem quer ter uma outra orientação sexual, porém não vou me calar e eu faço um apelo ao prefeito dessa cidade. Que esse projeto volte para as comissões e seja reformulado”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre requerimento que pede armamento da Guarda.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre projeto do Programa Mãe Coruja Recife.

Em 13.05.2024.