Câmara do Recife discute procedimento administrativo para investigar intervalos bíblicos
O vereador Luiz Eustáquio criticou o procedimento administrativo aberto pelo Ministério Público para fiscalizar a prática dos intervalos bíblicos nas escolas estaduais. “Eu achei muito absurdo, porque tem tanta coisa para ser investigada na sociedade, tantas coisas para serem investigadas nas escolas, por exemplo, as pessoas que estão vendendo droga na porta da escola e até dentro mesmo”, afirmou. Para ele, “o que está acontecendo na nossa sociedade é intolerância religiosa”, e que é inaceitável “impedir, na hora do intervalo, as pessoas de conversarem sobre Deus”.
O procedimento administrativo aberto após denúncias do Sintepe também foi tema do discurso proferido pela vereadora Ana Lúcia. A parlamentar classificou o caso como intolerância religiosa e mencionou a existência de outros problemas que deveriam ser alvo das preocupações do MP e do sindicato, como a ausência de professores e a qualidade da merenda escolar. “Isso é preconceito e é falta do que fazer. O que me preocupa é um sindicato, que representa uma categoria de profissionais, levar isso ao Ministério Público, deixando de lado questões importantes”.
O vereador Luiz Eustáquio voltou a falar sobre o tema no Grande Expediente. Ele propôs que uma audiência pública, para tratar do tema, seja realizada em conjunto com o mandato da vereadora Ana Lúcia. A parlamentar pediu aparte e aceitou de imediato. Os dois irão se reunir para marcar a data. Outros vereadores que também pediram aparte foram Marco Aurélio Filho (PV), que falou na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos; e Felipe Alecrim (Novo).
Clique aqui e assista ao pronunciamento de Luiz Eustáquio.
Clique aqui e assista ao pronunciamento de Ana Lúcia.
Clique aqui e assista a matéria TV Câmara do Recife.
Em 14.10.2024