Gestão estadual da segurança pública é tema de debate na Câmara do Recife
Muniz ocupou a tribuna duas vezes na plenária para discursar sobre a segurança. No pequeno expediente, período da reunião dedicado a comunicações curtas, ele enalteceu o desempenho do programa Juntos pela Segurança, do Governo. Mencionou, ainda, entregas recentes de equipamentos e expansão de delegacias especializadas, e fez comparações entre os investimentos feitos por Lyra e por gestões anteriores, do PSB. “Pernambuco bate o sexto mês consecutivo de redução de mortes intencionais. Só no Recife, [foram] 25%. Isso demonstra o compromisso, a qualidade de trabalho voltado para a segurança, para o nosso povo do Recife, para o nosso povo do Estado de Pernambuco”.
Os elogios à governadora e as críticas a gestões do PSB foram abordadas novamente no segundo discurso de Davi Muniz. No grande expediente, período da reunião plenária reservado a pronunciamentos mais longos e que permitem apartes de outros parlamentares, ele voltou a tratar da segurança pública. Afirmando que a governadora Raquel Lyra “faz a parte dela”, criticou o não armamento da Guarda Municipal do Recife e mencionou índices de violência relativos ao período de governo de Paulo Câmara (PSB). “A gente tem um gráfico de investimento do ano de 2022. O Estado de Pernambuco é o quarto estado que menos investiu. A governadora Raquel Lyra já vai para mais de R$ 1 bilhão investido”.
O vereador Doduel Varela (PSD) se pronunciou por meio de um aparte ao discurso de Muniz. Ele fez comentários sobre a segurança municipal e também elogiou entregas do Governo do Estado. “Eu passei 17 anos da minha vida como guarda municipal e mais de 20 anos como policial civil, como comissário especial de polícia. Conheço a realidade das duas casas. E infelizmente, vereador, todos os prefeitos que passaram pela Prefeitura não investiram como deveriam investir na Guarda Municipal do Recife”.
Outro parlamentar a falar por meio do aparte foi o vereador Felipe Alecrim (Novo). “Segurança pública, hoje, é um tema que aflige o coração de todo recifense. Nós já vimos vários episódios acontecendo. Agora há pouco, inclusive, teve um episódio lamentável dentro do Parque da Jaqueira, onde, na teoria, as pessoas até têm uma certa sensação de segurança. A gente viu o que aconteceu com o cidadão que foi espancado, inclusive, pelos meliantes”, disse. “Já passou o tempo de nós armarmos a Guarda Municipal. Recife é, hoje, a única capital no País que não tem a guarda armada”.
Já a vereadora Ana Lúcia ocupou, como Davi Muniz, a tribuna do plenário para discursar sobre a temática. Ela defendeu que a política de segurança vai além da entrega de equipamentos e afirmou que a Prefeitura do Recife tem entregado melhores serviços como o de acolhimento de mulheres vítimas de violência. “Mais [do que] dizer que está ampliando o número de delegacias especializadas, principalmente, para nós, mulheres, é de fato fazê-las funcionar, porque fechá-las às 18h para nós diz muito”, disse. “Sabe o que acontece quando essa mulher, dentro desse horário, sofre uma agressão, ou uma tentativa, ou até o feminicídio? Se espera o dia amanhecer. Se ela tiver, vida, e forças, e se ela for moradora do Recife, ela corre para o Centro Clarice Lispector que, graças à gestão do prefeito João Campos (PSB), funciona 24h”.
O vereador Almir Fernando (PSB) utilizou o microfone de aparte para também fazer ponderações sobre a gestão estadual da segurança. Como Ana Lúcia, ele mencionou problemas da condução do atual governo, como o apagão das câmeras de videomonitoramento após o vencimento de um contrato em dezembro de 2023. “Se você faz tudo isso e não tem policial para poder ir para a delegacia, de que adianta abrir seis delegacias das mulheres?”, questionou. “Vou voltar a repetir: tem que se abrir as delegacias, tem que ter efetivo para poder dar a resposta”.
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Clique aqui e assista ao primeiro pronunciamento de Davi Muniz.
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Em 12.11.2024