Prisão de militares suspeitos de tramar golpe de Estado repercute na Câmara
A vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) foi a primeira a abordar o assunto, em dois momentos da reunião plenária. Durante o pequeno expediente, ela disse estar estarrecida com a notícia e criticou que a tentativa de golpe colocou a democracia em xeque. “Nós fomos surpreendidos, hoje, com mais uma maquinação do plano golpista para tirar o presidente Lula do poder. Um presidente legitimamente eleito. O plano de matar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes seria executado no dia 15 de dezembro [2022], e faria com que nenhum de nós, vereadores, estivéssemos aqui, porque sem democracia, não tem Casa Legislativa”, afirmou.
Já no grande expediente, onde o tempo de discussão é de 15 minutos e permite apartes, a vereadora lamentou a polarização vivenciada no país nos últimos anos e responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela violência política. Ela lembrou, também, do recente atentado terrorista na Praça dos Três Poderes em Brasília, com a morte de um homem que detonou explosivos em frente ao STF. "Ontem, a ex-mulher deste terrorista foi encontrada queimada na casa do dito terrorista. Isso se parece muito mais com as chamadas queimas de arquivo, que eram típicas das construções das ditaduras militares”.
Em aparte, o vereador Paulo Muniz ressaltou que o plano descoberto pela Polícia Federal, nesta terça-feira, deve ser investigado e os envolvidos culpados. “Que se investigue esse plano de hoje e que, se provado, sejam punidos os supostos planejadores desse atentado. Isso não é bom para a democracia".
O vereador Rodrigo Coutinho (Republicanos), que também pediu aparte, disse que o assunto abordado na Casa é importante para fortalecer o campo democrático. "É uma luta de todas as pessoas que acreditam convictamente na democracia", afirmou. "Mas de uma forma geral, quero parabenizá-la e dizer que estamos juntos em defesa da democracia, das instituições e do povo brasileiro”.
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Em 19.11.2024