Ivan Moraes reflete sobre soltura de Lula e eleições na Bolívia

Dois assuntos de repercussão internacional ocorridos neste final de semana levaram o vereador Ivan Moraes (PSOL) a refletir sobre ambos na tarde dessa segunda-feira (11), na Câmara do Recife. Ele chamou a atenção para o fato de que a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveu-se à correta interpretação feita pelo Supremo Tribunal Federal sobre a Constituição brasileira que indica prisão somente após sentença transitada em julgado, ou se, ao se esgotarem todos os recursos. O parlamentar refletiu também sobre a questão da Bolívia com a renúncia do presidente Evo Morales depois de forte e violenta pressão.

Ivan Moraes disse que estava se programando para um ato dia 17 pela soltura de Lula, mas agora o mesmo ato será de celebração porque o ex-presidente já está em liberdade. “Seremos resistência, fazendo valer nossa voz. É muito importante receber a maior referência de esquerda desse País, gostemos ou não dele. O ato do Recife será histórico”. O vereador registrou ainda os acontecimentos recentes da Bolívia aonde o presidente renunciou em virtude da violenta pressão das ruas.

Segundo ele, Evo Morales errou ao tentar impor sua reeleição mais uma vez, sem legitimidade do referendo  popular autorizando. Além disso, a margem de votos foi ínfima, o que gerou dúvidas. “Houve extrema violência promovida pela extrema direita que toma conta da América Latina, mesmo com a renúncia de políticos a violência não arrefeceu, incluíndo o próprio presidente, que já havia inclusive convocado novas eleições”.

João da Costa (PT) ressaltou que a liberdade de Lula foi uma luta de vários partidos e da sociedade. "Participaram ativamente entidades como a OAB e tantas outras. Não se trata de vitória do PT ou de Lula, mas de toda sociedade civil que de forma expressiva participou e exigiu o cumprimento da Constituição”. Ele disse ainda que isso não está acontecendo na Bolívia, o respeito ao resultado das urnas. Evo Morales, segundo ele, obteve 47% dos votos vencendo por uma margem de 0,5% o que gerou dúvidas.

João da Costa pontuou ainda que a Organização dos Estados Amercianos (OEA) sugeriu e Evo acatou convocar novas eleições, mas a violência continuou. “O grave é que os países da América Latina estão sendo governados pelo exército. É uma ameaça à democracia e tem relação direta com o Brasil, pois os filhos do presidente querem a volta do AI5 ou o retorno das forças armadas às ruas.”

 

Em 11.11.2019 às 18h.02.

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