Jayme Asfora cobra Prefeitura por gastos com comissionados

O vereador Jayme Asfora (sem partido) subiu à tribuna da Câmara do Recife nesta quarta-feira (16) para cobrar respostas da Prefeitura a dois pedidos de informação, formulados por seu mandato, sobre o gasto com cargos comissionados da administração. Segundo o vereador, a atual gestão possui mais cargos desse tipo do que quando assumiu a máquina, em 2013. Ele criticou, ainda, o aumento de 102% no número de servidores comissionados com a maior faixa de vencimentos da folha do município.

De acordo com Jayme Asfora, o corte realizado neste ano na estrutura funcional do Executivo não foi suficiente para reduzir de fato o quadro de comissionados – a atual gestão teria cerca de 80 desses servidores a mais em relação ao quadro que recebeu da administração anterior. Além disso, segundo ele, o número de servidores comissionados que recebem entre R$ 7.959 e R$ 12.900 saltou de 204, em 2013, para 413 em 2019, o que representa um aumento de gastos de R$ 24,4 milhões anuais.

Os pedidos de informação foram encaminhados pelo vereador nos dias 12 de fevereiro e 4 de julho deste ano – ambos já tiveram seus prazos de resposta vencidos. Neles, Jayme Asfora solicita dados sobre a quantidade de cargos comissionados e o valor despendido em seus vencimentos ao longo do tempo.

“Quantos cargos a Prefeitura criou? Por que mais que dobrou o número de cargos de maior remuneração? Por que não investe esse dinheiro em obras sociais?”, questionou o parlamentar na tribuna da Casa de José Mariano.

Saúde bucal – O mês de outubro, considerado o Mês do Cirurgião-Dentista, também motivou comentários de Jayme Asfora em relação à política de saúde bucal da Prefeitura do Recife. Ele criticou a baixa cobertura do município na área. “No Recife, só 41% da população tem acesso à saúde bucal. Esse número está inalterado na gestão de Geraldo Julio. E, onde ela existe, a Prefeitura arranca dentes e pronto. Em 2018, foram feitas 7.500 extrações de dentes e apenas duas mil próteses.”

Para o vereador, é preciso investir na fluoretação das águas para lidar com a questão de forma eficiente. “Um estudo da professora Simone Rennó, da USP, mostra que onde a fluoretação é vigente a incidência de cáries diminuiu em 60%. Isso não é feito em Pernambuco. A Compesa já chegou a receber R$ 2 milhões do Governo Federal, mas os recursos acabaram devolvidos. A Compesa disse que não havia condições de realizar esse trabalho, mas aqui em Palmares foi feito.”

Em 16.10.2019, às 17h44

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