Porto Digital fatura R$ 1 bilhão por ano

Uma ilha de tecnologia e saber enclavada no Centro histórico do Recife, lugar onde a cidade nasceu, fatura por ano R$ 1 bilhão, tem 230 empresas e 7 mil funcionários, alguns dos quais de altíssima qualificação. Exportando softwares para o sul do país e exterior, o Porto Digital, fruto de investimentos dos governos do estado e federal e da iniciativa privada, começou em 2001 com 3 empresas e 46 funcionários. Uma mistura que deu certo e levou o nome do Recife para o Brasil e para o Mundo. Para estreitar o relacionamento da Câmara do Recife com esta ilha de geração de renda e empregos, o vereador Wilton Brito (PHS) convidou o presidente da empresa, economista Francisco Saboya, para fazer palestra na tarde desta quarta-feira, 8.

O  vereador ressaltou que o Porto Digital – Pólo de Desenvolvimento de Softwares e Economia Criativa - é considerado um dos pilares da nova economia do Estado e o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas instaladas. “O Porto é fruto de uma ação coordenada entre indústria, governo do estado e universidades públicas e privadas que resultou em dos principais ambientes de inovação do país”.

Francisco Saboya explicou que o Porto foi criado com o conceito de parque tecnológico, mas implantado no centro da cidade. Com isso, o centro histórico teve mais de 50 mil metros quadrados requalificados, com sustentação econômica. Mais de três quartos dos profissionais têm nível superior ou mais, e o salário médio é superior a R$ 2,8 mil, quando a renda média da cidade é de R$ 1,2 mil. “O Porto digital é considerado o melhor habitat de inovação e o melhor parque do país”. Ele informou ainda que em outubro vai ser realizado em Recife o 20º Congresso Mundial de Parques Tecnológicos. Lembrou também que além dos investimentos do governo do Estado e federal, a Câmara do Recife aprovou lei que reduz o ISS de 5% para 2%.

André Régis (PSDB) argumentou que era importante a Casa se debruçar sobre a construção do futuro, do conhecimento que transforme a cidade cada vez mais. “O esforço desse investimento é simbólico porque a base de exportação do país é de commodities (produtos), e o Recife exporta conhecimento e tecnologia, mas não cria mão de obra qualificada suficiente”. No entanto, Francisco Saboya lembrou que a empresa investe em qualificação profissional de tal modo que certificou 6 mil alunos, sendo 3 mil das empresas do Porto e 3 mil de universidades públicas e privadas.

Jairo Britto (PT) considerou que alunos de escolas públicas que não têm condição de entrar em universidades particulares, nem mesmo na federal, ficam de fora. Por isso, ele sugeriu que o Porto criasse uma escola para capacitar alunos da rede pública. Priscila Krause (DEM) frisou que a história do Porto se confunde com a do Recife, unindo a vocação da cidade para serviços com serviços de alta tecnologia, fruto da articulação governamental.

Aline Mariano (PSDB) considera o Porto patrimônio que muito orgulha aos recifenses. Ela considera também importante que o Rceife Antigo se desenvolva e se expanda. Raul Jungmann (MD), relator da primeira emenda para o Porto Digital, sugeriu que seja realizada uma audiência pública com o secretário de Tecnologia para aprofundar o assunto.

 

Em 08.05.2013, às 18h13.

registrado em: wilton brito