Wilton Brito quer proteger de incêndio as comunidades carentes

Muitos casebres das comunidades carentes do Recife são improvisados com madeiras, papelão e plástico. São materiais que facilitam a propagação de chamas em caso de incêndio e quando esses acidentes ocorrem, tornam-se verdadeiras tragédias. Por isso, o vereador Wilton Brito (PP) apresentou, na Câmara Municipal do Recife, o projeto de lei número 18/2016, que visa instituir a obrigatoriedade de implantação de sistemas de combate a incêndio, formação e treinamento de brigada de incêndio em comunidades carentes do Município.

A proposta foi encaminhada para as comissões de Legislação e Justiça; de Segurança Pública; de Obras e Planejamento Urbano; de Defesa dos Direitos Humanos, do Contribuinte e do Consumidor; e de Finanças e Orçamento. Esses cinco colegiados irão analisar o projeto e cada um terá relator para emitir o parecer. “Constantemente, ocorrem em nossa cidade incêndios de grandes proporções que devastam favelas e comunidades carentes, onde, muitas vezes, nem o acesso dos carros do Corpo de Bombeiros é possível para que haja o combate ao fogo”, diz o vereador ao justificar o projeto.

A implantação dos sistemas de combate a incêndio, da formação e treinamento da brigada de incêndio, de acordo com a proposta de Wilton Brito, caberá à Secretaria Municipal de Habitação e à Secretaria Municipal de Segurança Urbana, em parceria com a comunidade local. A conservação dos sistemas de combate a incêndio, manutenção e atualização dos treinamentos caberá à Defesa Civil da Cidade do Recife.

A implantação de sistemas de hidrantes interligados por toda a favela, aliado ao treinamento e à criação de uma brigada de incêndio formada por representantes da comunidade local, no entendimento do vereador, evitaria que o início de um foco de chamas tomasse grandes proporções. “Uma lei como essa evitará que comunidades inteiras sejam destruídas e que milhares de pessoas fiquem desabrigadas, além de contribuir para a conscientização dos moradores, eliminando práticas que colocam em risco a vida de muitas pessoas”, concluiu Brito.

Em 04.11.16 às 09h53.