Vereador pede tombamento de coretos em praças públicas

Peças do acervo urbanístico e cultural, os coretos serviam para embelezar as praças e são, hoje, parte de uma tradição já abandonada na maioria das cidades brasileiras: as apresentações de orquestras ao ar livre. Por isso, o vereador Aderaldo Pinto (PRTB) encaminhou projeto de lei à Câmara Municipal do Recife propondo o tombamento, por interesse histórico, cultural e paisagístico dos coretos localizados na Cidade do Recife. A matéria está sendo analisada pela Comissão de Legislação e Justiça.

O projeto de lei número 4/2015 foi elaborado depois que o vereador se sensibilizou com reportagens publicadas em jornais locais, o Diário de Pernambuco, edição de dois de julho de 2014 e Folha de Pernambuco, do dia 11 de janeiro de 2015.  Os textos diziam que os poucos coretos restantes nas praças do Recife também ganharam outra utilização na composição social das cidades que é servir de depósito de lixo, local para abrigo de moradores de rua e usuários de drogas.

 

A proposta do vereador Aderaldo Pinto é que o Poder Executivo do município do Recife procederá aos registros necessários dos coretos ainda existentes, nos livros próprios do órgão competente da Secretaria Municipal de Cultura, e em seguida instituir parcerias com a iniciativa privada visando a manutenção e conservação dos coretos desde que obedeça as regras de tombamento instituídas no município do Recife e respeite as características originais de cada coreto.

“Mesmo com o passar de décadas, a Cidade do Recife ainda possui alguns coretos em suas praças que revelam a história de nosso município e o passar de uma época marcante de grandes apresentações ao ar livre”, disse o vereador. Ainda estão preservados os coretos localizados na Praça do Derby, na Praça Sérgio Loreto no bairro de São José e na Praça Fernando Figueira na Ilha do Leite. “Contudo, esses pontos carecem de olhar especial resguardando os laços antigos de nossa cidade, que os vê deteriorados, pichados e sem conservação”, observou. Os coretos foram populares até o fim da 2º Guerra Mundial e depois caíram em desuso. No Recife, entre 1975 e 1983, os coretos chegaram a ser reativados para apresentação de óperas e orquestras sinfônicas nas administrações dos prefeitos Antônio Farias e Gustavo Krause.

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