Ivan Moraes aponta falhas na política de extinção de torcidas organizadas

“Vimos no que é que dá quando o poder público resolve lidar com uma questão complexa achando que pode resolvê-la de forma simples.” Com essas palavras, o vereador Ivan Moraes (PSOL) descreveu sua impressão a respeito dos casos de violência registrados no último sábado (7) após uma partida entre Sport e Santa Cruz na Ilha do Retiro. Da tribuna da Câmara do Recife, o parlamentar afirmou nesta segunda-feira (9) que a política de extinção formal das torcidas organizadas falhou no objetivo de prevenir crimes.

“Não se extingue uma torcida organizada com uma canetada. Não é a extinção de um CNPJ que vai fazer com que um grupo que se reúne para torcer pelo seu clube deixará de existir. O que a gente viu foi uma completa falta de organização do aparato coercitivo do Estado, aliada a uma estratégia que não deu certo”, afirmou Ivan Moraes, que disse ter acompanhado o clássico na Ilha.

O vereador cobrou ações de inteligência policial e a formação de parcerias com as torcidas organizadas para facilitar responsabilizações por atos violentos. “A violência relacionada ao futebol é uma consequência da violência que existe na nossa sociedade e deve ser prevenida com inteligência”, argumentou. “Nunca tive notícia de uma ação de inteligência infiltrando pessoas em organizações que se acreditam ser criminosas. Nem de ações de credenciamento dos torcedores para poder responsabilizar torcidas e clubes por eventuais danos. Tenho pouco conhecimento de ações de prevenção feitas em conjunto com integrantes dessas torcidas.”

Em 09.03.2020, às 17h49

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