Ivan Moraes aponta irregularidades na gestão de restaurante popular
A gestora do contrato, segundo Ivan Moraes, precisaria administrar dois restaurantes: além do Josué de Castro, localizado no bairro de São José, o acordo previa a realização de serviços no Naíde Teodósio, em Santo Amaro – que foi fechado assim que teve início a pandemia. Adicionalmente, o próprio Josué de Castro não está realizando o serviço em seu salão.
“A despesa para se manter dois prédios de restaurante é o dobro da despesa que se tem para manter apenas um prédio, e menos ainda porque não está havendo atendimento no salão. As pessoas estariam sentadas, haveria consumo de energia. Havia no contrato vários itens obrigatórios que, com a pandemia, não são mais necessários, como por exemplo manter os funcionários uniformizados, garantir equipamento de proteção, manter um nutricionista dentro do restaurante durante o serviço”, explicou o vereador.
Ivan Moraes disse que uma denúncia será encaminhada nesta segunda-feira aos órgãos de controle. Além das irregularidades listadas no dossiê, ele ainda mencionou, em seu discurso, uma reclamação feita pelos próprios moradores de rua e por entidades que realizam trabalhos sociais. De acordo com essas organizações, a comida servida não é condizente com o que consta no contrato feito com a Prefeitura.
“No cardápio assinado entre a empresa prestadora de serviço e a Prefeitura tem quantas porções de carne tem que ter por mês, quantas porções de carne sem osso, quantas porções de peixe; diz que tem que ter salada, um dia com carne de porco. O cardápio precisa ser variado e isso consta no contrato”, afirmou. “No entanto, as organizações que trabalham perto da população de rua e os próprios moradores que utilizam o serviço têm denunciado que a qualidade não é diversa como diz o contrato. Quase todo dia é frango desfiado e tem gente que não ganha salada”.
Em 15.02.2021