Dani Portela quer incluir mais categorias no auxílio AME

A criação do auxílio emergencial municipal, AME o Carnaval do Recife, projeto de lei nº 01/2021, da Prefeitura, para artistas que ficaram sem trabalho pela inexistência da festa, recebeu elogios da vereadora Dani Portela (PSOL), mas com ressalvas. Segundo ela destacou na manhã desta segunda-feira (15), durante reunião Ordinária, da Câmara do Recife, por videoconferência, faltou incluir diversos outros segmentos que também atuam na festa carnavalesca e não vão receber. “Espero que o nome dado ao auxílio, AME, conjugue de fato o verbo amar e inclua tantas categorias de profissionais que ficaram de fora e não têm onde buscar sustento”.

A vereadora frisou que a pandemia existe e, com ela, muitos problemas sociais e econômicos.  Questionou o que seria do carnaval sem as bordadeiras, sem os catadores de lixo reciclável, sem as pessoas que vendem comida, sem os ambulantes, pessoas que ganham dinheiro nesta época para adquirir bens de consumo, que vão além de apenas alimento.

Dani Portela considerou que esses profissionais tiram seu sustento nesse período. Lembrou que estamos há um ano de pandemia e temos mais de 1 milhão de pessoas vivendo em extrema pobreza em Pernambuco. “As pessoas empreendem para ganhar dinheiro extra para realizar sonhos e para a sobrevivência diária”.

Além dos que estão vivendo em extrema pobreza, Dani Portela frisou que cerca de 33 milhões de  brasileiros vivem na informalidade "por conta desse governo negacionista, que enfrenta a crise de forma irresponsável".  Pontuou ainda que mais 90% dos empregos perdidos foram de mulheres, e que tudo está interligado. “Mulheres que não conseguem trabalhar porque não têm aonde deixar os filhos em creches. A Pnad diz que a taxa de trabalho informal cresceu mais ainda, e que 62% das pessoas estão fora do mercado formal de trabalho.

Por isso, a vereadora lembrou que algumas capitais do país já estão pagando o auxilio de renda básica mínima permanente, a exemplo de Manaus, Salvador, Macapá e Belém. Lembrou também que, no Recife,  muitas categorias, como as costureiras, são precarizadas mesmo produzindo durante a pandemia, haja vista que "o programa para fazer máscaras pagava R$ 1,00 sem dar os insumos, subiu para R$ 2,12, mas ainda assim muito pouco.  É preciso olhar para o comercio informal com outros olhos. O carnaval do Recife é o maior carnaval do Brasil, mas é marcado por profundas desigualdades”.

 

Em 15.02.2021,