Liana Cirne homenageia 102 anos de D. Helder Câmara e Mãe Amara

A vereadora Liana Cirne (PT) usou a tribuna da Câmara do Recife, na manhã desta segunda-feira (8), durante reunião Ordinária, por videoconferência, para denunciar ocorrência de racismo religioso perpetrado contra o Terreiro de Mãe Amara, fundadora da rede de mulheres Mães de Santo de Terreiros do Recife. Da mesma forma ela homenageou a passagem dos 102 anos de Dom Helder Câmara, ícone da resistência à Ditadura. “Também ele, Dom Helder, foi vítima de intolerância e preconceito religioso. Uma missa que celebrava um aniversário do Dom Helder foi interrompida pela polícia e o padre foi obrigado a se justificar, criando constrangimento”.

Liana Cirne reiterou que não podemos aceitar qualquer tipo de intolerância ou preconceito religioso. Disse que era católica, mas respeita todo e qualquer credo, por ser um direito de cada cidadão e cidadã.  “Há duas semanas estive no terreiro de Mãe Amara, em virtude de uma denúncia de intolerância religiosa. Fui informada que há três anos o Terreiro não consegue concluir um culto sem que a polícia ou órgãos de governos cheguem lá para impedir a continuação do mesmo”.

A vereadora pontuou que a intolerância e preconceitos religiosos são inadmissíveis, pois segundo ela, não se pode tolerar que qualquer credo seja agredido. “Alguns colegas vereadores sabem do que estou falando e comungam comigo deste sentimento, tanto católicos quanto pessoas de outras religiões sofrem o preconceito e racismo religioso como acontece sistematicamente com o Terreiro de Mãe Amara”. 

Liana Cirne considera esse tipo de atitude uma afronta  à fé e à cidadania, por ferir o direito de exercer o credo de escolha de cada um e cada uma. “Todos os sagrados devem ser respeitados, jamais poderia admitir que uma missa fosse interrompida pela polícia para constranger o padre, da mesma forma que não podemos admitir que qualquer culto seja interrompido em virtude da intolerância religiosa”.

 

Em 08.02.2021