Luiz Eustáquio enfatiza prevenção na luta contra as drogas

Citando recente episódio de apreensão de um veleiro em águas do mar do Recife, com mais de duas toneladas de cocaína, em uma operação realizada pela Polícia Federal e órgãos internacionais de Portugal, Reino Unido e Estados Unidos, o vereador Luiz Eustáquio (PSB), cujo trabalho de prevenção contra as drogas vem de longa data, louvou a prisão dos envolvidos, mas lembrou que não basta apenas prender pessoas, mas fazer a prevenção nas comunidades mais pobres, onde a droga seduz pelas oportunidades aparentes que pode dar aos jovens. O vereador ressalvou, na manhã desta terça-feira (16), durante reunião Ordinária, da Câmara do Recife, por videoconferência, que o alvo principal dos traficantes são jovens negros e pobres das comunidades, que não têm oportunidades de crescer na vida.

O vereador disse ainda que sempre incentivou a luta contra as drogas, ressaltando que a prevenção é o melhor caminho e, para ele, prevenir significa criar oportunidades reais para que não caiam na tentação do tráfico e uso de drogas, que vem matando muita gente. A apreensão realizada pela operação conjunta, é apenas um pequeno passo no combate ao mal das drogas. “Sabemos que a droga sairia daqui para a Europa, mas a droga está no mundo todo”.

Ele parabenizou a Marinha e a Polícia Federal, no entanto, defendeu fortalecer o trabalho feito de prevenção que cria oportunidade e que precisa ser realizado, para que usuários e traficantes cooptados pelo tráfico tenham oportunidades nas comunidades em que moram, para que não venham a ser presos, especialmente jovens negros e pobres, que se envolvem, acabam sendo detidos e ali não são reabilitados. Pelo contrário, vão adquirir formação para o crime e saem pior do que entraram.

Luiz Eustáquio lembrou que muitos jovens são colocados na prisão quando precisam ser cuidados preventivamente. “Peço que no nosso Estado seja feito diferente, dando oportunidade para que possam recomeçar. O combate não é só repressão, mas criação de oportunidades na periferia. Eles vão se viciando e traficando. A droga prejudica e tira vidas, mas se a gente chegar antes, muita coisa pode mudar. O Estado precisa chegar antes, preventivamente”.

Em 16.02.2021