Luiz Eustáquio quer discutir fiscalização de marquises

Em virtude do acidente que vitimou uma cuidadora de idosos, Célia Barros, morta devido à queda de uma marquise do edifício São Cristóvão, na semana passada, o vereador Luiz Eustáquio (PSB) discutiu o requerimento 432/2021, de autoria dele, solicitando a realização de uma audiência pública, dia 4 de março, para debater com órgãos da gestão e a sociedade, de quem é a responsabilidade pelo acidente. O vereador questionou, na manhã desta segunda-feira (15), durante reunião Ordinária, da Câmara do Recife, por videoconferência, sobre quem recai a responsabilidade pelo acidente e que ele mesmo chegou a solicitar que o Edifício JK fosse interditado para evitar acidentes dessa natureza.

O vereador ressaltou que o acidente da semana passada não foi um caso isolado, e que já houve outros acidentes. Por isso ele quer realizar a discussão para estabelecer competência. “De quem é responsabilidade pela fiscalização desses prédios, da Diretoria de Controle Urbano, da Defesa Civil, enfim quem responde?”, questionou. Por isso ele disse que vai convidar representantes desses órgãos da gestão para debater, para que acidentes não se repitam.

Luiz Eustáquio também discutiu o requerimento 437/2021, propondo audiência pública dia 10 de março, também de autoria dele, sobre o racismo e injúria racial. Chamou atenção para o fato de que na Casa existem apenas 6% de vereadores e vereadoras que se declaram negros e negras sendo, portanto, uma representação muito pequena quando se considera a população negra da cidade. Ele quer chamar a atenção para o assunto para que as pessoas não sejam discriminadas. “Precisamos discutir o que é injúria racial e o que é racismo. Agora dizem que tudo é injuria, diminuindo as penas imputadas, como foi o caso Lucas, ocorrido em uma Marina daqui”.

Dani Portela (PSOL) parabenizou a iniciativa e demonstrou interesse em debater a questão racial na cidade do Recife, para aprofundar a distinção entre crime de racismo inafiançável, de maior potencial jurídico e a injúria, cujas consequências são mais leves. Lembrou que caso Lucas, ocorrido em uma Marina, acabou sendo colocado como injúria racial, crime mais leve. “O racismo no Recife é estrutural e vem da desigualdade existente. Para as pessoas negras a cidade é mais desigual e se for mulher negra mais anda. Já solicitei que seja criada uma Comissão de Igualdade Racial para atuar nesta Casa”.

 

Em 15.02.2021