Rinaldo Junior pede urgência na volta do auxílio emergencial

Com mais de 14 milhões de brasileiros desempregados, fora do mercado de trabalho, o vereador Rinaldo Junior (PSB) destacou que estas pessoas não têm o que comer em casa. “O governo Federal de forma truculenta encerrou o auxilio emergencial, sem perspectiva de voltar e sem dar uma solução ao problema”. Ele questionou o assunto na manhã desta terça-feira (2), durante reunião Ordinária, na Câmara do Recife. “Foram 68 milhões de pessoas que sobreviveram do auxílio emergencial e cerca de 20 milhões estão abaixo da linha de pobreza. O auxílio pode redimir e dar alento à economia. A pandemia não é só da doença, mas, também é econômica”.

O parlamentar disse ainda, que de acordo com o Ipea, são milhares de pessoas vivendo com menos US$ 1,9 dólares por dia, ou seja, R$ 400,00 mensais. No entanto, Rinaldo Junior destacou ações realizadas pelo governo do Estado de Pernambuco e do Recife para minimizar os impactos negativos da pandemia.

Ele ressaltou que em Recife mais de 90 mil pessoas receberam o décimo terceiro do Bolsa Família do Estado e que a Prefeitura, só no ano passado,  contratou cerca de  1500 obras, gerando emprego  e renda para mais de seis mil pessoas. Também manteve a merenda escolar, mesmo durante a pandemia, e inaugurou dois restaurantes populares.

O vereador sugeriu que seja criado o programa de renda mínima municipal, a exemplo do que ocorre em outras capitais. “O auxílio emergencial do governo Federal deixou R$ 350 milhões por mês na economia do Recife e  mais de R$ 1 bilhão na Região Metropolitana”. Por isso, ele sugeriu, também, recriar a Frente Parlamentar pela Renda Básica, na Câmara do Recife para discutir o assunto e buscar alternativas.

Dani Portela (PSOL) se somou à iniciativa do colega trazendo a questão da renda básica nacional sugerida pelo PSOL que demonstrou com dados que é possível fazer o programa cortando gastos. “Aqui no Recife, através de requerimento feito por Ivan Moraes (PSOL), pedimos a criação da renda básica municipal, pleito também de Rinaldo Junior, que vai travar conosco essa batalha, até porque João campos [quando deputado federal] criou a Frente Parlamentar pela Renda Básica Nacional”. Ela lembrou que o Recife possui uma grande desigualdade, com altos índices de desemprego e que a pandemia escancarou essa realidade.

Ivan Moraes apoiou a criação da Frente e disse que o estudo feito,  mostrou que é possível cortar gastos com pessoal, despesa da  publicidade, recapeamento de asfalto,  entre outras áreas, para que a Prefeitura crie uma renda mínima municipal. Segundo ele, seria de R$ 350,00 por mês para cerca de 30 mil pessoas que vivem em estado de extrema pobreza  e recebem menos do que R$ 145,00 por mês.

Comissão Especial Interpartidária de Acompanhamento ao Coronavírus - O vereador Tadeu Calheiros (Podemos) aproveitou a ocasião para discutir um outro assunto também relacionado à pandemia. Ele se colocou à disposição para fazer parte da Comissão Especial Interpartidária de Acompanhamento ao Coronavírus, na Câmara do Recife. Lembrou que é médico e  trabalha diretamente na linha de frente do combate à covid-19. Ele se somou à reclamação de Ivan Moraes, em pronunciamento anterior, durante a reunião Ordinária desta terça-feira, sobre o atraso na entrega de exames do coronavírus. Lamentou outras questões também vivenciadas por profissionais da saúde. “Sem contar que muitos ainda não se vacinaram”.

 

Em 02.02.2021