Cida Pedrosa salienta importância do diagnóstico de dislexia na rede pública

O veto total da Prefeitura ao projeto de lei nº 58/2013, que visava obrigar o município a realizar exames de dislexia em alunos da rede pública municipal, gerou intenso debate na Câmara do Recife nesta terça-feira (9). Uma das vereadoras a apontar a necessidade do diagnóstico foi a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) – que, no entanto, se posicionou a favor do veto.

A Prefeitura alega que o projeto, criado pela então vereadora Aline Mariano, seria inconstitucional por tratar de um tema cuja iniciativa legislativa cabe apenas ao Poder Executivo. O veto foi mantido pelo plenário com 19 votos a seu favor – oito parlamentares se posicionaram pela promulgação da proposta da Câmara.

Inicialmente, Cida Pedrosa se posicionou contra a manutenção do veto do Executivo ao projeto de lei nº 58/2013. Mas ela voltou atrás após surgir, durante o debate, a perspectiva de formulação de um novo texto, a ser apresentado pela própria parlamentar.

A dislexia é uma condição de aprendizagem que dificulta a associação entre símbolos gráficos, como as palavras escritas, e os seus sons correspondentes. Em seu discurso, a vereadora deixou seu relato sobre os problemas que o preconceito pode causar nas pessoas que vivem com a dislexia. “Quem vos fala aqui é uma mulher disléxica e que tem um filho também disléxico. Meu filho, que hoje é mestre em história, passou os sofrimentos que eu passei na escola – sendo que eu passei na escola pública, e ele na privada. Até chegarmos ao diagnóstico, foi submetido a toda sorte e constrangimentos”.

Cida Pedrosa explicou que estabelecer um diagnóstico é a solução para ensinar pessoas com essa condição de forma adequada. “Imaginem a quantidade de crianças na escola pública e na escola privada que não se alfabetizam e são colocadas de lado como se fossem incapazes, quando na verdade são disléxicas”.

Em 09.03.2021