Dani Portela convida para Solene em homenagem a Marielle Franco

Faz três anos que a sociedade clama por uma resposta à pergunta "Quem mandou matar Marielle Franco e o motorista Anderson?". E exatamente ontem, dia 14, Dani Portela (PSOL) enfatiza que completou mais um ano das mortes, sem resposta. Por isso, ela junto com a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), protocolaram projetos de lei da vereadora carioca assassinada, alertando que as propostas fazem parte da Agenda Marielle Franco, do Instituto Marielle Franco. As propostas estão sendo subscritas em dezenas de cidades do país e por parlamentares de diversos partidos. Ela convidou a todos e todas, na manhã desta segunda-feira (15), durante reunião Ordinária da Câmara do Recife, por videoconferência, para a reunião Solene em memória de Marielle e Anderson.

Dani Portela ressaltou que os projetos da vereadora assassinada, aprovados na Câmara do Rio de Janeiro, e apresentados na Câmara do Recife, tratam de propostas como o que cria o Dia de Luta contra a Homofobia, Lesbofobia, Bifobia e Transfobia, a ser comemorado todo dia 17 de maio de cada ano. Ela disse que a data foi escolhida em atenção à exclusão da homossexualidade como Classificação Estatística Internacional l de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorrida em 17 de maio de 1990, oficialmente declarada em 1992.

A vereadora lembrou que outro PL apresentado por Marielle e que ela e Cida Pedrosa protocolaram aqui é o que visa beneficiar famílias de baixa renda ao disponibilizar assistência técnica pública e gratuita para elaboração de projetos, construções, reformas, ampliações e fomentará a regularização fundiária de habitação de interesse social destas famílias cuja renda não ultrapassem até 3 (três) salários mínimos mensais. “Cida e eu aproveitamos nossa parceria na Agenda Marielle e apresentamos também um projeto de Lei para criar o Dia Municipal da Visibilidade Trans, a fim de trazermos à pauta desta Casa uma das populações mais marginalizadas pela nossa sociedade e que, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), entre janeiro e outubro de 2020, foram registrados 151 assassinatos de pessoas trans no Brasil, impactando um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior. Precisamos debater isso e dar um basta nas violências contra a população trans”.

Ela disse ainda que ao longo deste ano, serão debatidos os projetos protocolados e que além desses também apresentaram proposta para que o dia 14 de março seja o Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres Negras, LGBTQIA+ e periféricas. “Já seria motivo o bastante oficializarmos essa data em homenagem a vida e a luta de Marielle, mas este projeto se torna ainda mais urgente quando, desde o final do ano passado, dezenas de parlamentares negras eleitas sofreram ameaças e atentados contra as suas vidas”.

Dani Portela ressaltou que seguirão firmes, comprometidas com a Agenda Marielle Franco, que sistematiza o legado de Marielle em um conjunto de pautas e práticas antirracistas, feministas e populares. Seguiremos firmes, apoiando as ações do Instituto Marielle Franco, organização fundada pela família de Marielle, dirigida por Anielle Franco, para lutar por justiça, defender a memória, multiplicar o legado e regar as sementes que Marielle deixou.

Em 15.03.2021