Dani Portela fala sobre Mês das Mulheres

Um mês que marca no mundo a luta das mulheres pela equidade, ou seja, igualdade entre homens e mulheres e contra a violência. Para lembrar março, o Mês das Mulheres, a vereadora Dani Portela (PSOL) chamou a atenção para a desigualdade em empregos e cargos, na saúde, na ocupação de espaço institucional na política e em política públicas. Ela ressaltou na manhã desta terça-feira (02), durante reunião Ordinária, da Câmara do Recife, por videoconferência, que na Casa José Mariano dos 39 parlamentares, apenas nove são mulheres simbolizando a pouco ocupação de espaços políticos.

Segundo ela, embora as mulheres sejam maioria no mundo, são minoria na ocupação em cadeira na  política e no eixo de decisão política. Ela chamou atenção também para o aumento da violência doméstica, especialmente durante a pandemia, que exige isolamento. “Nesse momento, as mulheres não têm como denunciar e, por isso, estão sofrendo muita violência em casa”.

Dani Portela lembrou que recentemente o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, considerou que não existe crime de honra, e sim crime de ódio, pois ninguém mata por amor. O feminicídio, segundo ela, reflete a cultura patriarcal machista aonde a mulher é propriedade do homem. "Eles se sentem donos dos corpos das mulheres, imperando o sentimento de posse".

Ela lembrou que o feminicídio deixa por ano dois mil órfãos no país. E que somente este ano, em Pernambuco, 25 mulheres foram mortas. No Brasil a cada 8 minutos uma mulher é estuprada. “O assassinato de mulheres brancas diminuíram em 9%, enquanto os de negras aumentaram 54%, por isso é preciso fazer também o recorte de raça”.

Em 02.03.2021