Em debate sobre templos em lista de essenciais, Dani Portela lembra da saúde pública
Em seu discurso, a parlamentar argumentou que tomar medidas de proteção à vida durante o enfrentamento à pandemia não pode ser apontado como uma ofensa a sentimentos religiosos. Ela citou os trechos que vedam práticas de embaraçamento a cultos e igrejas. “Não estamos falando de embaraçar em um momento normal. Estamos falando de uma pandemia, de vidas”, disse. “Sou filha de evangélicos e minha mãe está há mais de um ano sem ir à igreja, por entender que isso é uma forma de preservar a sua vida. O que estamos discutindo aqui é uma questão de saúde pública”.
Dani Portela mencionou documentos que apelam para que fiéis não se aglomerem, citou casos de líderes religiosos que faleceram de covid-19 e lembrou que, no segmento religioso que mais cresce no país – o evangélico – o perfil das pessoas que mais sofrem com a doença, como as mulheres negras, é numeroso. “O grau de letalidade para as pessoas negras mais pobres é enorme. Existe uma violação profunda em relação à saúde da população negra no Brasil. Eu pergunto: a vida das mulheres negras evangélicas, o que são para esta Casa? A vida dos pastores e pastoras, das lideranças religiosas que morreram são importantes para nós, parlamentares do Recife?”
Em 08.03.2021