Liana Cirne chama atenção para possibilidade de crise funerária
Liana Cirne disse ainda que os turistas brasileiros são impedidos de entrar em inúmeros países por serem considerados ameaça internacional na transmissão do vírus e novas variantes descobertas no país. “Saliento que sem lockdown não chegaremos a lugar algum, e veremos em breve um colapso sanitário. Pernambuco já está vivenciando a falta de urnas e terrenos para enterrar os mortos, em Vitória de Santo Antão, onde corpos foram empilhados por não haver local para enterrar”.
A vereadora salientou que era muito duro usar a tribuna para falar sobre estas mortes no lugar de falar sobre fé e esperança. Ela disse que os governantes, especialmente o presidente Bolsonaro, precisa ter responsabilidade para conduzir a nação nesse momento crucial, pois estamos diante de uma crônica anunciada, ou seja, o colapso da saúde e do sistema funerário.
Liana Cirne também chamou a atenção para o fato de que faltam leitos para grávidas, acidentados e pessoas com outras doenças, já que os hospitais estão superlotados de pacientes com covid-19. “Bolsonaro parabenizou uma médica que usou cloroquina para nebulização de pacientes e os três vieram a óbito. Dez profissionais da educação faleceram nestes últimos dias. Muitas escolas estão obrigando aos professores a darem aulas remotas de dentro das escolas e eles estão se contaminando”. A parlamentar também lamentou a situação do transporte público no Recife e Região Metropolitana, citando a superlotação como um agravante para o aumento de casos do novo coronavírus.
Em um aparte, a vereadora Dani Portela (PSOL) ressaltou a importância do tema abordado na tribuna virtual da Casa de José Mariano por Liana Cirne. Disse que ocorreu um ato nesta manhã, em frente ao Palácio do Governo do Estado, promovido por professores contra a flexibilização do lockdown. Segundo ela não se pode responsabilizar as pessoas simplesmente por não respeitarem as regras e o uso de máscaras, sem que haja um governo central a ditar regras claras durante a pandemia. Afirmou, ainda, que outro debate necessário é pela renda básica, que disse "não é caridade, mas responsabilidade do governo. O novo normal não pode contabilizar o número de mortes temos, 30% dos casos ativos do mundo. Somos o novo epicentro. E não há como falar em novo normal”.
Em 29.03.2021