Liana Cirne debate requerimentos sobre transporte público e concessionárias de veículos
O primeiro requerimento debatido foi o de número 1979/2021, dirigindo apelo ao governador Paulo Câmara para que seja garantida e intensificada a fiscalização do transporte público da Região Metropolitana do Recife sobre o uso de máscara, a higienização do transporte coletivo e o cumprimento dos horários de partida e chegada. O segundo, de número 1980/2021, também apela ao governador para que a frota de transportes públicos seja ampliada, especialmente nos horários de pico.
O terceiro requerimento que a parlamentar debateu foi o de número 1981/2021, também dirigindo apelo ao governador, para que seja revogado o inciso XXVII do anexo único do decreto de número 50.433, de 15 de março de 2021, que inclui as lojas de veículos como estabelecimentos autorizados a funcionar de forma presencial durante o período de confinamento contra a covid-19.
Os três requerimentos foram aprovados. “O transporte público parece terra de ninguém. É um caos, sobretudo em horário de pico. Ele é uma das principais causas de infecção da covid-19 e a classe trabalhadora, que usa esse transporte, está jogada nessa situação desumana”, disse. Liana Cirne observou que muito se fala em “novo normal”, mas que o Consórcio Grande Recife continua no “velho normal, com passageiros sem poder entrar pelas portas abarrotadas e tendo que subir pelas janelas”.
Ela disse que os três requerimentos “são pelo bom senso e pelo povo pernambucano”. Os ônibus tiveram sua frota reduzida, assim como as linhas e horários em plena pandemia. Quanto às concessionárias de veículos, disse a parlamentar, é inaceitável que “elas continuem abertas, como se fossem serviços prioritários durante o lockdown”. A população, segundo ela, não pode levar a sério medidas contraditórias que são aparentemente injustas. “É um erro grave, que tem como simbolismo, para a população, de que a situação da covid-19 não está séria. E está”, disse.
A vereadora Ana Lúcia (Republicanos) pediu um aparte e disse que o pronunciamento de Liana Cirne “foi muito equilibrado” e que os seus requerimentos, “são justos”. Ela lembrou que, desde o início da pandemia, a Comissão Especial Interpartidária para Acompanhamento da Covid-19, da Câmara Municipal do Recife, fez um alerta sobre a situação dos transportes públicos e que eles precisam ser fiscalizados. “Mas, até gora não houve empenho do empresariado para garantir as medidas sanitárias que permitem o mínimo de segurança para os usuários”, disse.
Em 30.03.2021.