Liana Cirne debate tratamento precoce à covid-19
“Não se trata mais de dizer que a cloroquina e outros medicamentos não possuam eficácia comprovada, nós já ultrapassamos esta fase. Os institutos de pesquisas cientificas já comprovaram isso. Já comprovaram a ineficácia desse tipo de tratamento precoce”, ressaltou a vereadora.
Liana Cirne disse, ainda, que “a invermectina é bom acabar com vermes, mas não serve como tratamento precoce para a covid-19”. Conforme destacou, tratamento precoce é o uso de máscaras, o distanciamento social, a higiene das mãos e a vacinação em massa da população brasileira. “ Não se trata de ideologias, mas de estudos científicos.”, afirmou.
Também teceu críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro. “ A gente não gosta do presidente Jair Bolsonaro porque ele é incompetente nas políticas públicas sanitárias. A gente chama Bolsonaro de ‘ des-presidente’ porque ele não é presidente”. Em seguida enumerou que ele “ desrespeita os mortos, não dá autonomia ao ministro da Saúde para agir conforme as políticas sanitárias, incentiva aglomerações, fala palavrões e ridiculariza a vacina”.
Sobre a questão do debate do tratamento precoce à covid-19, a vereadora Dani Portela (PSOL) disse que é preciso politizar o assunto. “Porque esse ambiente é um ambiente político. É uma Casa legislativa municipal e as questões políticas impactam sobre vidas de milhares e milhares de pessoas”. Ela afirmou que recebeu um estudo recente que mostra que para cada duas pessoas brancas vacinadas, uma pessoa negra é vacinada. “Mesmo sendo maioria da população, os negros são menos vacinados”, lamentou. “Tratamento precoce é tratar a saúde como uma questão fundamental”.
Professora Erika Suruagy - A vereadora Liana Cirne aproveitou a ocasião para prestar solidariedade à professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Erika Suruagy, vice-presidente da à Associação dos Docentes da Universidade (ADUFERPE).
Segundo a parlamentar, a professora foi intimada num inquérito criminal, requerido pelo ministro da Justiça, por causa de uma campanha crítica contra o governo Federal. “Não é admissível o que está sendo feito. Essa agressão viola o direito de expressão, de liberdade sindical”, destacou Liana Cirne. Com este ato, disse, “todos nós, professoras e professores, somos agredidos também”.
Em 16.03.2021