Liana Cirne defende manutenção do fechamento de templos religiosos
O pronunciamento de Liana Cirne se deu dentro das discussões do requerimento número 1346/2021, apresentado em conjunto pelas vereadoras Michele Collins (PP) e Ana Lúcia (Republicanos) e pelos vereadores Waldomiro Amorim (SDD), Almir Fernando (PCdoB), Alcides Cardoso (DEM), Fred Ferreira (PSC), Renato Antunes (PSC), Felipe Alecrim (PSC), Eduardo Marques (PSB), Luiz Eustáquio (PSB) e Júnior Tércio (Podemos).
O requerimento dirige apelo ao governador Paulo Câmara, para incluir as denominações religiosas como serviços essenciais no Estado de Pernambuco. “Primeiramente, quero solicitar à bancada que subscreve esse documento que, nas próximas situações, se autodenomine como o fizeram à época de criação da bancada, como Bancada Cristã Conservadora”, disse.
Ela afirmou que dentro da Câmara Municipal do Recife há outros cristãos que não se identificam com o perfil conservador. “Inclusive quero resgatar o documento da Cúria Metropolitana, subscrito pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e pelo bispo auxiliar, dom Lamacêdo Antônio da Silva. No documento eles dizem que é preciso concentrar energias no combate à covid-19, e que isso impõe o isolamento. Para eles, a prioridade deve ser a vida”, afirmou.
Liana Cirne observou que é professora universitária há 25 anos e “nunca recomendei tanto aos alunos, como nesses tempos de pandemia, que sigam a religiosidade”. Segundo ela, os jovens estão cada vez mais deprimidos, “mas peço que se fortaleçam na fé, pois ela é alimento para o corpo e para a alma”. A vereadora Liana Cirne defendeu a manutenção do fechamento dos templos nos finais de semana, pois há documentos comprovando que, em Pernambuco, apenas as dioceses de Petrolina e de Nazaré da Mata não tiveram padres que contraíram a covid-19.
“Há dados alarmantes de óbitos nas igrejas, pois em um ano já morreram 65 sacerdotes no Nordeste. Chama a atenção que esses dados, dizem ainda, que Pernambuco é o Estado onde há mais casos de doença entre os presbíteros”, afirmou. Para a vereadora, a inclusão dos templos religiosos entre os serviços essenciais prevê uma colisão de direitos, que é a prática religiosa prevista na Constituição. “Mas, a preservação do direito da saúde tem que se sobrepor”.
Em 08.03.2021.