Liana Cirne presta solidariedade a professora da UFRPE
De acordo com Liana Cirne, que fez pronunciamento na reunião Ordinária que a Câmara Municipal do Recife realizou por videoconferência nesta terça-feira (16), a professora é “mais uma das vítimas do desgoverno federal”. A parlamentar lembrou que “não é segredo de ninguém que o presidente da República é perseguidor da educação e de professores e professoras. O tratamento que ele nos dá sempre foi aviltante”.
A vereadora reforçou a solidariedade à professora Erika. “Literalmente, estamos todos juntos e juntas nessa mesma causa. Eu também sou professora. Se um ou uma de nós é brutalizado ou brutalizada, acuado, tem o seu pensamento político censurado, todos somos também somos censurados e censuradas. Sozinha, você não está, professora. Se você for silenciada, intimidada, todas seremos. Não vamos nos deixar calar. Agora é que nossas vozes se erguem e ganham volume”, disse.
Liana Cirne tratou do assunto em dois momentos da reunião Ordinária. Primeiro, no Pequeno Expediente. Mais tarde, no Grande. Nessa ocasião, ela afirmou que o seu mandato “vem externar, publicamente, solidariedade irrestrita à professora Erika Suruagy e à Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (ADUFERPE), a fim de denunciar a inaceitável utilização do aparato público policial para criminalização do movimento sindical e da livre manifestação do pensamento e da expressão política, núcleos essenciais mínimos do estado de direito”.
No entendimento da vereadora, o conteúdo do outdoor exposto pela Aduferpe, pelo qual a professora Erika Suruagy está sendo responsabilizada, foi considerado criminoso, “por seu teor crítico ao governo Bolsonaro e à ineficiência do governo federal no enfrentamento à pandemia da covid-19. Criminoso, porém, é o descaso do governo federal com a vida, a causar indignação generalizada entre os cidadãos e as cidadãs de bom senso deste país, comprometidos com a garantia do bem comum. A escandalosa ausência de liderança nacional para encaminhar a vacinação ou campanhas de prevenção, como uso de máscara e distanciamento, entre outros desmandos, promoveu um número inigualável de mortes e contágios de brasileiros e brasileiras”.
Liana Cirne acrescentou que: “Nós, professoras e professores, fomos eleitos por este desgoverno genocida como inimigos. E não podemos nos curvar à brutalidade deste desgoverno autoritário! Para cada ato de opressão, mais coragem, vozes e braços devem se erguer! Para cada ato de silenciamento, mais seremos inspiradas e inspirados por Paulo Freire, na nossa missão educadora. Nosso mandato já está atuando em apoio à professora Erika Suruagy e a Aduferpe e se coloca inteiramente à disposição do necessário enfrentamento para garantir o respeito à Constituição Federal e aos direitos por ela assegurados”.
Em 16.03.2021.