Liana Cirne realiza reunião solene em homenagem à Campanha da Fraternidade

Com a presença de religiosos de diversas denominações cristãs, a vereadora Liana Cirne (PT) realizou reunião solene em celebração à Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021. “É com muita alegria que nós promovemos essa reunião hoje, na Câmara Municipal do Recife”, disse, na abertura do evento, que foi realizado de forma remota, por videoconferência, na tarde desta terça-feira (2).

A reunião solene foi presidida pelo vereador Hélio Guabiraba (PSB) e, como de praxe, teve inicio com a execução do Hino Nacional. Fizeram parte da mesa o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; o reverendo Rafael Villaça e a reverenda Lílian, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; o padre Aldo, da Igreja Ortodoxa Siríaca Malankara; e o irmão Marcelo Barros, teólogo e assessor das Comunidades Eclesiais de Bases (CEBs).

A solenidade, que começou às 17h, contou com a presença dos vereadores  Paulo Muniz (Solidariedade); Doduel Varela (PSL) e Felipe Alecrim (PSC), além de diversos convidados da vereadora Liana Cirne que representaram o Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil; Movimento de Trabalhadores Cristãos; Cátedra Unicap Direitos Humanos Dom Helder Camara; Instituto Dom Helder Câmara; Comunidades Eclesiais de Base, entre outros.

A vereadora fez um histórico da Campanha da Fraternidade que, este ano, tem como tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”. Ela é realizada pela Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). “A Campanha teve início em 1962, durante a Quaresma, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. A primeira coleta rendeu um milhão de cruzeiros para as obras sociais da Cáritas, organismo da CNBB”, observou.

A transição do âmbito local para o nacional foi realizada por Dom Helder Câmara, então Secretário Geral da CNBB, em 1966. “O assunto foi debatido pelo Episcopado, reunido em Roma, para o Concílio Vaticano II, e aprovado em 20 de dezembro de 1967”. Desde então, segundo Liana Cirne, a Igreja Católica no Brasil mobiliza todas paróquias e comunidades a viverem, no período da Quaresma, a Campanha da Fraternidade, que discute anualmente temas importantes para a sociedade brasileira.

No ano 2000, segundo Liana Cirne, aconteceu a primeira Campanha da Fraternidade Ecumênica, com o tema e lema “Dignidade humana e paz, e por um novo milênio sem exclusões”, e essa tem sido realizada, em média, a cada cinco anos, congregando, de forma ecumênica diversas denominações cristãs. “A deste ano convida, na introdução do seu texto-base, as  comunidades de fé e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade”.

Ela acrescentou que assim como para a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, cujo tema foi “Casa Comum, nossa responsabilidade”, o papa Francisco colaborou imensamente com os debates desta de 2021 por meio de sua última encíclica, lançada em outubro do ano passado, “Fratelli Tutti”, sobre a fraternidade e amizade social.

Além da vereadora, falaram na tribuna virtual o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; a reverenda Lílian, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; o teólogo Marcelo Barros, o padre Aldo e o reverendo Rafael Villaça, da Igreja Anglicana do Brasil. Dom Fernando Saburido disse que as campanhas da Fraternidade deixaram frutos para a sociedade como o Estatuto do Idoso; o Grito dos Excluídos; os debates sobre o tráfico humano e o direito da acessibilidade.

A clériga da Igreja Episcopal Anglicana, reverenda Lílian, afirmou que é necessário que os cristãos se apropriem do texto-base da Campanha Ecumênica, pois “ele nos enriquece ao nos mostrar que as diversidades são criações divinas”. O irmão Marcelo Barros fez um apelo para que os cristãos façam doações financeiras para a campanha, no dia 28 de março, no Domingo de Ramos, pois o dinheiro irá para um fundo que realiza obras sociais no interior do Nordeste.

O padre Aldo falou da experiência da Igreja Ortodoxa na Campanha da Fraternidade. “È importante o diálogo, para sermos reconhecidos como irmãos, filhos do mesmo Deus”, disse. O reverendo Rafael Villaça alertou que neste momento de pandemia e calamidade social, “é importante vivermos o ecumenismo. Que as igrejas, as paróquias e os grupos se unam para superar este momento difícil”.


Em 02.03.2021.