Marco Aurélio Filho aborda tratamento precoce à covid-19

Em virtude da importância do debate sobre tratamento precoce ou não à covid-19, o vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) disse que tomou a invermectina quando foi acometido pela doença, mas não concorda em politizar e extremar esse debate entre esquerda e direita. Ele frisou na manhã desta terça-feira (16), durante reunião Ordinária da Câmara do Recife, por videoconferência, nunca ter se furtado em dizer que o presidente Bolsonaro errou ao atrasar a compra de vacinas, não recomendar máscara ou distanciamento social. No entanto, acha que o debate eleitoral deve ser feito no ano que vem.

Marco Aurélio Filho frisou que é do partido do vice-presidente  da República, General Mourão, que, recentemente,  reconheceu que o governo errou ao não recomendar a máscara, demorar a comprar vacinas e não defender o distanciamento social. “Acho que é preciso fazer o bom debate. A vereadora Michele Collins (PP),  trouxe dados científicos acerca do uso destes medicamentos como preventivos no início da doença, e nisto não há negação da ciência. Devemos deixar o debate eleitoral para depois, esquecendo essa história de 'Lula Livre' e 'Bolsonaro genocida”.

Ivan Moraes (PSOL) enfatizou que a colega Michele Collins não trouxe dados científicos, mas sim opinião de médicos, pois, segundo afirmou, não há no mundo nenhum organismo que defenda estes medicamentos. Ele ressaltou que  o próprio fabricante da invermectina descartou que o uso do medicamento traga benefícios no combate a covid-19. “Quando dizemos que Bolsonaro é genocida é porque incita a tratamentos não reconhecidos, nega o distanciamento social e o uso de máscaras “.

Tadeu Calheiros (PODE), que é médico, disse que também defende que o médico seja soberano no tratamento, mas que estes medicamentos não sejam vistos como política pública. “Se as pessoas acreditam no placebo e ficam boas, não  temos como impedir. No entanto, existe o risco das pessoas acharem que há tratamento fácil e não acreditar em medidas efetivas, como a vacina, o distanciamento social e a higiene das mãos". Ele afirmou, também, que o assunto exige bom senso.  “Não concordo com a politização do debate e nem com extremos. Nenhum país do mundo coloca o tratamento precoce como sendo a saída, como orientação de tratamento. Temos de investir na vacina, no distanciamento social e higienização das mãos. Infelizmente há estudos que acabam sendo usados politicamente”.

Alcides Cardoso (DEM) disse que  concorda com o colega que esta discussão é inócua e que se perde muito tempo com isso. "Lula Livre, 'Bolsonaro genocida', não importa agora, vamos discutir isso nas eleições".

 

 Em 16.03.2021