Michele Collins lê manifesto em favor do tratamento precoce da covid-19
A vereadora Michele Collins aproveitou para fazer apelo ao prefeito do Recife, João Campos, para que ele libere os médicos municipais para fazerem o tratamento precoce, assim como forneça kits de medicamentos com esse objetivo nos postos de saúde. “Dessa forma, é possível fortalecer esse tratamento na cidade. O uso de azitromicina e da ivermectina precisam ser estimulados, pois há muitas pessoas que fizeram o uso e conseguiram superar as complicações da doença”, disse. Ela entende que a discussão do uso de medicamentos não pode ser politizado, alegando-se que esses remédios são indicações de Bolsonaro, por exemplo. “Por mais que se discorde dele, o debate político somente prejudica o combate à doença”, afirmou. Muita gente, segundo ela, tem vergonha de dizer que tomou esses medicamentos e se curou.
“Faço o apelo ao prefeito e defendo o tratamento precoce porque, como autoridade pública, temos que dar oportunidade à população de usar os remédios”, alegou. Ela explicou que defende o tratamento precoce não para que as pessoas tomem o remédio antes da manifestação dos sintomas da covid-19, mas no momento em que começar a senti-los. “É para se tomar quando já se está doente”. Ela lembrou que a vacina realmente é a única forma comprovada de imunização, até agora, mas que nem mesmo o imunizante é 100% seguro. “Se dissermos que a vacina é 100% garantida, estamos dizendo que foi descoberta a cura contra a covid 19. E essa não é a realidade. Precisamos da vacina, que não é tratamento, assim como precisamos de medicamentos para fazer o tratamento precoce”, afirmou.
A nota lida pela parlamentar é do movimento Médicos pela Vida e foi veiculado pelos jornais no final do mês passado. O texto cita as evidências científicas e clínicas para defender o uso de remédios para evitar que pacientes progridam para fases mais graves da doença. Expressa o seguinte: “Somos um grupo de médicos que tem se dedicado a levar aos pacientes o melhor da prática profissional neste momento tão delicado no enfrentamento da pandemia causada pelo vírus Sars-CoV2, balizados pela análise das melhores evidências disponíveis na ciência, pelo Código de Ética Médica, pelos princípios da Bioética e pelo posicionamento do Conselho Federal de Medicina. Para tal, nos pautamos: em estudos científicos atualizados, na informação clara ao paciente e no seu consentimento livre e informado para uso off-label de medicamentos com os quais temos experiência de longa data, além de conhecimento sobre os mecanismos de ação, farmacocinética, farmacodinâmica, interações medicamentosas e segurança”.
O manifesto diz também que “dentre as abordagens disponíveis na literatura médica para a Covid-19, existe o chamado tratamento precoce: iniciar com as medidas disponíveis o mais rápido possível, para minimizar a replicação viral, utilizando uma combinação de drogas, visando reduzir o número de pacientes que progridem para fases mais graves da doença, diminuindo o número de internações, reduzindo a sobrecarga do sistema hospitalar, prevenindo complicações pós-infecção e diminuindo o número de óbitos”.
O manifesto cita ainda as pesquisas realizadas por 23 cientistas e publicadas em revistas de Medicina. Segundo os médicos que assinam a nota, a escolha médica diminui o número de internações, reduz da sobrecarga do sistema hospitalar, previne complicações pós-infecção e reduz o número de óbitos. “Destacamos que a abordagem precoce não se trata apenas do uso de uma ou outra droga, mas da correta combinação de medicações como a hidroxicloroquina, a ivermectina, a bromexina, a azitromicina , o zinco, a vitamina D, anti-coagulantes entre outras, além dos corticoides que têm um momento certo para sua utilização nas fases inflamatórias da doença, sempre observando-se a adequação das combinações ao estado e evolução de cada paciente, que será acompanhado extensivamente inclusive com a realização de exames conforme necessários, e a recomendação de intervenções não farmacológicas, como a fisioterapia”, cita um trecho da publicação. “Definitivamente, não é uma promessa de ‘cura fácil’, posto que lidamos com uma doença nova e de difícil manejo quando se agrava”, afirmam os médicos em outro trecho.
Em 16.03.2021.