Dani Portela homenageia trabalhadoras domésticas
De acordo com a vereadora, a PNAD faz parte do censo de 2018 e identificou, ainda, que 74% das domésticas são negras e pobres. “Esta pandemia de covid-19 escancarou ainda mais as desigualdades sociais do País. Não foi à toa que o segundo setor mais afetado pela pandemia, no Brasil, foi justamente o das trabalhadoras domésticas”. Ela lembrou que a primeira morte de covid-19 registrada no Brasil, ainda em 2020, foi a de uma doméstica, Cleonice, negra, que não foi dispensada do trabalho. “Os patrões voltaram infectados da Itália, onde havia muitos casos. Então, ela adquiriu o vírus e faleceu”, contou.
Dani Portela também relembrou o drama vivido por Mirtes Renata, mãe do garoto Miguel, que no ano passado caiu do 9º andar de um prédio de elite, conhecido como “torres gêmeas”, no centro do Recife. “Mesmo infectada pelo ex-patrão, Mirtes também não foi dispensada do trabalho. Teve que continuar na casa dos patrões. O problema foi finalizado com a tragédia de Mirtes, que abalou o País”.
A vereadora observou, ainda, que os dados estatísticos comprovam que o Brasil é o pais que mais emprega domésticas no mundo e que isso é “um resquício da sociedade escravagista”. Ela lembrou que o PSol, seu partido, defende um projeto de lei no Congresso Nacional para excluir o trabalho doméstico do rol dos serviços essenciais. “Quero encerrar com um questionamento: a quem interessa que o trabalho das domésticas seja essencial?”
Em 27.04.2021.