Dani Portela lamenta mortalidade materna por coronavírus
A pesquisa revelou ainda que as grávidas negras precisaram ser internadas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) 1,4 vezes a mais que as brancas, além de terem o dobro de chances de precisarem de ventilação mecânica, como também de morrer por conta do vírus. “Esses dados, infelizmente, refletem as desigualdades e a violência obstétrica no Brasil, que atinge, sobretudo, as mulheres negras sob a ideia racista de que “sua raça é mais resistente à dor”. Além disso, já temos, hoje, uma imensa quantidade de órfãos por conta da covid19 no Brasil”, ressaltou Dani Portela.
A vereadora citou que estão circulando dois abaixo-assinados na internet, de autoria de Melania Amorim, ginecologista e obstetra, pesquisadora e professora da Universidade Federal de Campina Grande, que é referência nacional na defesa da humanização do parto, e que atua como consultora junto à Organização Mundial da Saúde (OMS). “No documento consta a elaboração de guias de orientação sobre assistência ao parto normal. Além da defesa da inclusão das gestantes e puérperas na prioridade de vacinação e não apenas das que apresentam comorbidades e o pedido às secretarias de Saúde dos Municípios e dos Estados para distribuição de máscaras N95 para pessoas gestantes nas Unidades Básicas de Saúde"
Após estas afirmações a parlamentar fez alguns questionamentos à gestão municipal. "O que a Prefeitura da Cidade do Recife tem feito para proteger as pessoas gestantes e puérperas na pandemia do novo coronavírus? Quais são os números de mortalidade materna desde março do ano passado e qual é o recorte racial? O que tem sido feito para acompanhar as pessoas durante o período do puerpério? Que equipamentos de proteção individual têm sido entregues para as gestantes e puérperas?"
Dani Portela disse, então, que protocolou um pedido de informação à Secretaria de Saúde do Recife sobre esse cenário e solicitou o apoiamento dos demais vereadores.
Em 05.04.2021