Desenvolvimento Econômico debate Crédito Popular e projetos futuros com o secretário Rafael Dubeux

O presidente do colegiado, Luiz Eustáquio (PSB), além dos vereadores Fred Ferreira (PSC) e Marco Aurélio Filho (PRTB) acompanharam a reunião. Inicialmente, Rafael Dubeux comunicou que a partir deste sábado, 1º, a partir do meio-dia, será aberto mais um lote para inscrição com 1500 vagas disponíveis para o Crédito Popular. Sobre a composição do Conselho para o Crédito Popular, o Secretário ressaltou que foi modificada por haver alterações nas secretarias.  “O Conselho anterior que gerava o Fundo tinha, em sua composição, várias secretarias que nem existem mais. E o desenho novo que saiu no Decreto prevê a composição das Secretarias de Desenvolvimento Econômico; Ciência, Tecnologia e Inovação; Planejamento, Gestão e Transformação Digital; Finanças; Desenvolvimento Social; Mulheres; Trabalho e Qualificação Profissional. Além delas, três são representantes da sociedade civil: Câmara de Diretores Lojistas, a Fecomércio e o Sebrae. Da minha parte, não vejo nenhuma objeção da Câmara participar também. Temos que só checar com a parte jurídica essa possibilidade. A ideia é o projeto funcionar da forma mais transparente possível”.

O vereador Marco Aurélio Filho disse ser importante o protagonismo da Comissão e que a Câmara pode acompanhar os trabalhos, mesmo não tendo assento permanente no Conselho do Crédito Popular. “Mesmo não havendo nenhum empecilho por parte do secretário, nada impede que a Câmara possa acompanhar as atividades e sugiro, até, o nome do vereador Luiz Eustáquio. A gente sabe do sucesso do Crédito Popular e temos que compreender que mesmo em um momento tão difícil, a Prefeitura tem ficado junto ao setor econômico”.

O vereador Luiz Eustáquio indagou ao secretário quantas pessoas têm feito a inscrição no crédito popular e qual o número de pedidos efetivados. “Temos um histórico de que menos da metade dos que se inscrevem conseguem. Muitas pessoas querem o crédito para fins pessoais, não são empreendedoras e não tem nenhum projeto de investimento. A partir de junho teremos condições de ter um número maior de inscrições por mês. O compromisso da Prefeitura é fazer 10 mil operações de crédito por ano”.

Rafael Dubeux esclareceu que o Crédito Popular não é um programa de Auxílio Emergencial e que a União demorou a tomar medidas de ajuda à população. “Importante é salientar que o Governo Federal demorou muito a retomar o Auxílio Emergencial esse ano, infelizmente, e a pandemia agravou-se muito nesses meses de março e abril. É justamente o Governo Federal que tem a maior capacidade fiscal de adotar medidas dessa importância para o nível de gravidade do problema que a gente enfrenta. E o município não pode ficar esperando a ação do Governo Federal. Então a Prefeitura lançou o AME, o Auxílio Municipal Emergencial, justamente para atender essa situação crítica das famílias inscritas no Bolsa Família e que estavam na lista de espera. Até porque o Governo Federal não estava liberando recursos para incluir essas 17 mil famílias”.             

O comércio informal, o setor de eventos, o funcionamento de bares e restaurantes e a apresentação de músicos em bares foram tópicos abordados pelos vereadores Luiz Eustáquio e Marco Aurélio Filho. O secretário Rafael Dubeux respondeu que as preocupações dos parlamentares eram válidas e que as medidas de restrições são tomadas com muito pesar. “As pessoas têm como única fonte de venda aquela atividade e a gente sabe também das dificuldades que o Governo do Estado vem enfrentando para tomar essas medidas. Coloco-me à disposição para construir um protocolo que dê a máxima segurança possível. Infelizmente, já se foram 400 mil pessoas no país pelo coronavírus, são 1600 leitos de UTI no Recife, com 96% de ocupação. O Comitê do Covid estadual é que tem tomado as medidas e temos que ser parceiros. Entretanto, as decisões podem ser ajustadas, na medida do possível, para que haja uma garantia de renda mínima”.

A potencialidade do Bairro do Recife Antigo foi outro assunto levantado pelos vereadores. Rafael Dubeux disse que tem discutido o tema com o prefeito do Recife, João Campos, e outras secretarias, e citou projetos futuros. “O Recife Antigo tem um potencial muito grande que pode ser referência de políticas públicas. E é a sede do nosso grande polo digital de tecnologia. Estamos em conversa com o Porto Digital, inclusive, para lançar um projeto piloto de cidades inteligentes. Várias tecnologias serão implementadas em breve para termos experimentos com sensores, câmeras e serviços oferecidos digitalmente. A partir do experimento delas, veremos quais serão as que funcionam bem e que podem ser ajustadas. Um projeto em estágio bem avançado é o do aterramento da fiação elétrica e de telecomunicações. Vamos aproveitar e requalificar as calçadas e melhorar a arborização de espaços. Esperamos que ainda esse ano ocorra a licitação”.

Outro projeto no Recife Antigo, de acordo com Dubeux, é em relação ao emprego no futuro. “Temos milhares de vagas abertas no Porto Digital e milhares de jovens procurando emprego. Então destaco o projeto Embarque Digital, liderado pela Secretaria de Educação, em conjunto com o Porto Digital, para conceder bolsas de estudo de tecnólogo. Um curso voltado para atender as demandas do setor de tecnologia de informação. A taxa de empregabilidade é altíssima”.          

Em 30.04.21