Júnior Tércio explica voto contrário a requerimento

O vereador Júnior Tércio (Podemos) chamou a atenção dos demais vereadores para uma reflexão sobre os rumos tomados nos debates da Câmara do Recife. Ele fez a observação na manhã desta terça-feira (20), durante reunião Ordinária, transmitida por videoconferência, em que ocorreu um caloroso debate por conta da votação do requerimento número 2036/2021, de autoria da vereadora Cida Pedrosa.

 O requerimento foi aprovado e solicita  a transcrição nos anais da Câmara Municipal do boletim nº 02/2021 -  do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (Cem Covid_Amb) da Associação Médica Brasileira, divulgado na terça-feira, 23/03/2021, o qual condena, entre outros pontos, o uso de remédios sem eficácia contra a covid-19, chamado popularmente kit covid.

No entanto, o vereador Júnior Tércio destacou que daria um testemunho pessoal e afirmou que fez uso do kit covid, devidamente prescrito por um médico.  “Acompanhei o trabalho do médico, que atendeu a centenas de pessoas e não teve registro de nenhuma morte”.

Ele destacou que só os médicos têm autonomia para prescrever medicamentos. “Eu não mando ninguém tomar. Nem indico que eu fiz uso”. Para o parlamentar, é preciso que se tenha respeito com as  opiniões diferentes.

“Não se pode declarar publicamente e ter um monte de gente jogando pedra, Fazendo confusão”. Júnior Tércio  destacou seu voto contrário a este requerimento e a um outro, o de número 2039/2021, também de Cida Pedrosa,   concedendo moção de repúdio ao presidente da República pela revisão da política nacional dos direitos humanos. Este último não foi aprovado na Casa.

Em aparte, o  vereador Alcides Cardoso (DEM) disse que concorda com  Júnior  Tércio por considerar  ser grave um  voto de repúdio ao presidente, ao governador ou  prefeito. “Porque sai em nome da Casa e não de forma individual. É um desgaste desnecessário”.

O vereador Tadeu Calheiros (Podemos) afirmou que se sentiu  representado por vereadores que disseram ser perda de tempo essas discussões politizadas sobre o kit covid, quando se deveria estar trabalhando em coisas mais relevantes para o povo da cidade. Ele disse que é contra o tratamento precoce, mas não se  pode politizar esse debate. Afirmou que defende como política pública a vacinação e os cuidados com a transmissibilidade, como o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social. 

  

Em 20.04.2021