Cida Pedrosa comemora Dia Internacional de Luta Contras as LGBTfobias
O discurso foi feito durante reunião Ordinária virtual, da Câmara Municipal do Recife, realizada nesta segunda-feira (17). Cida Pedrosa disse que dados dos relatórios anuais do Grupo Gay da Bahia (GGB) e Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) também indicam um aumento de 30% no número de casos de violências contra LGBTQIA+. “A pandemia agravou ainda mais esse cenário aterrador”, afirmou.
Uma pesquisa recente realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Universidade de Campinas (Unicamp) aponta, de acordo com a vereadora, que a população LGBTQIA+ é a que está mais vulnerável ao desemprego e a problemas de saúde mental. “A violência se estende a diversos âmbitos: escolar, corporativo, doméstico, familiar. As LGBTfobias são, em essência, opressões nascidas do capitalismo, que transforma diferenças em desigualdades”, disse.
A vereadora ressaltou, ainda, que, na data de hoje, é preciso lembrar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 13 de junho de 2019, que equipara a homofobia e a transfobia ao crime de racismo, enquadradas no artigo 20 da Lei 7.716/1989. Nesse ponto, ela sublinhou que o Brasil vive uma situação desconfortável para com esta população, devido ao Governo Federal. “Esse desgoverno tem contribuído para retrocessos como a censura a manifestações artísticas e culturais que estimulam o respeito à diversidade, promove o esvaziamento dos espaços de controle social voltados a esta população, veta a realização de programas governamentais sobre direitos LGBTQIA+no Mercosul e exclui famílias trans-homoafetivas de programas como o ‘Município Amigo da Família’, entre outros absurdos”.
Ela pontuou, ainda, as declarações como “homossexualismo é fruto de famílias desajustadas”, do ministro Milton Ribeiro; “menino veste azul e menina veste rosa”, da ministra Damares Alves, e “máscara é coisa de veado”, do próprio Jair Bolsonaro. “Posicionamentos como esses deixam o Brasil mais distante da construção de uma sociedade que respeita e acolhe a diversidade, enquanto aproximam o nosso país de opiniões análogas às defendidas por regimes e líderes autoritários mundo afora”.
A vereadora reforçou que aproveitava a passagem da data para renovar o seu compromisso “para com esta construção e com os movimentos sociais que a conduzem, reafirmando que o nosso mandato está de braços e portas abertos para abraçar a luta por uma sociedade livre do ódio, das LGBTfobias, onde todas as pessoas sejam felizes para ser quem são e expressar seus amores”.
Em 17.05.2021.