Liana Cirne debate pedidos para espaços culturais e chamada para discussão sobre orçamento

A vereadora Liana Cirne (PT) usou a tribuna virtual da Câmara do Recife para comentar uma série de requerimentos de sua autoria e coautoria que foram aprovados pela Casa nesta segunda-feira (10). Em conjunto com as vereadoras Cida Pedrosa (PCdoB) e Dani Portela (PSOL), além do vereador Ivan Moraes (PSOL), a parlamentar apresentou os requerimentos nº 3319/2021 e nº 3320/2021, que pedem medidas de alívio econômico para espaços culturais alternativos do município. Já por meio requerimento nº 3624/2021, Cirne solicita uma reunião pública com o tema “O orçamento que queremos”, para discutir o projeto de Diretrizes Orçamentárias de 2022.

O requerimento nº 3319/2021 solicita ao prefeito do Recife que isente os espaços culturais alternativos de impostos como IPTU, ISS e CIM. Já o de nº 3320/2021 pede à Compesa que conceda a esses estabelecimentos o benefício da tarifa mínima convencional. “Esses requerimentos decorrem de uma série de reuniões e diálogos com um grupo de gestores de espaços culturais e que estão passando por profundas dificuldades”, explicou a vereadora. “No início do ano, reverti um auxílio da Câmara em cestas básicas para os espaços culturais. O que nós encontramos no momento da entrega foi uma situação profundamente dramática. Visitamos grupos que ficaram três meses com a luz cortada, sem água, em plena pandemia”.

Para Liana Cirne, o município precisa demonstrar apoio a esse tipo de espaço, responsável por salvaguardar parte da cultura local. “A gente tem que olhá-los com mais carinho e respeito, e entender que eles são merecedores de dignidade. É vergonhoso para a cidade do Recife que nossos espaços culturais estejam fechados por falta de água e energia elétrica”.

Ao tratar do requerimento nº 3624/2021, a parlamentar disse que o objetivo da reunião é reconectar os desejos e necessidades da população com o debate sobre o orçamento público. O evento deve acontecer na próxima sexta-feira (14), a partir das 9h, de forma virtual.

 “A cidade que sonhamos precisa do orçamento que queremos. Temos que discutir orçamento público não porque somos financistas, mas para discutir sonhos, desejos, e onde o dinheiro público será investido. A cidade não para, só cresce. A questão é: para quem o Recife cresce? Temos que discutir o orçamento a partir de um princípio de justiça social”, considerou. “Temos que chamar as pessoas para elas falarem sobre os seus desejos. Isso é discutir orçamento. É discutir onde a gente quer que o dinheiro vá, como fazer justiça social. As perguntas que a gente tem que fazer é sobre qual a cidade em que a gente quer morar e como a gente consegue aproximar esse sonho da realidade?”

Em 10.05.2021