Liana Cirne discute requerimento de Ivan Moraes

A vereadora Liana Cirne (PT) discutiu o requerimento de número 3414/2021, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), que indicou à secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, para que seja priorizada a vacinação contra a covid-19 dos indígenas em contexto urbano na cidade do Recife. A discussão ocorreu na reunião Ordinária que a Câmara Municipal do Recife realizou, por meio de videoconferência, na manhã desta segunda-feira (10). O requerimento foi aprovado.

“O meu objetivo nessa discussão é reforçar o pedido do vereador Ivan Moraes, pois apresentamos um requerimento de igual teor, o de número 1607/2021, que foi aprovado na reunião Ordinária do dia quatro de março. Inclusive, já estivemos na semana passada com a secretária Luciana Albuquerque, numa reunião que contou a presença de um representante do Conselho Indigenista Missionário, da Pastoral Indigenista, a cacica Valquiria e de outras pessoas, para reforçar a solicitação”, disse.

Liana Cirne reinteirou que é preciso incluir, como prioridade, na Campanha Nacional de Vacinação, os indígenas não aldeados. “Queremos aproveitar para fazer um apelo à sensibilidade do prefeito João Campos. A campanha só prioriza os indígenas aldeados. E mais de um terço deles vivem em contexto urbano. Portanto, o ideal seria que todos tivessem os mesmos direitos que, aliás, já foram reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Plano Nacional de Imunização é injusto”. Segundo Liana Cirne 3.645 indígenas moram no Recife e são cadastrados pelas entidades. “Portanto, eles têm facilidade de serem contactados”.

A vereadora comentou que os brasileiros têm um débito histórico com o povo indígena. “O Recife, em particular, também tem. Nossa obrigação, agora, é cumprir a nossa parte, compensando a violência histórica contra a população indígena”, disse. Ela aproveitou para recomendar um seriado que é apresentado pelo canal Netflix, e cujo título é Guerra do Brasil. “O seriado mostra como se deu o holocausto da população indígena brasileira; e também reforça a necessidade de garantir a sobrevivência do povo originário”.



Em 10.05.2021.