Michele Collins se manifesta contra pintura de cores do arco-íris em faixa de pedestre
A resolução nº 236/2007, publicada pelo órgão, aprova o volume relativo à sinalização horizontal do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, que traz indicações para a pintura de faixas de pedestres. “Existe uma regulamentação nacional para que as passagens de pedestres sejam pintadas com cores específicas. A legislação prevê que seja utilizada a cor branca na marcação da faixa de travessia de pedestres, e a cor preta para proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura. A demarcação de área destinada para a travessia de pedestres, além de permitir a mobilidade segura, também constitui um fator determinante para a redução no número de atropelamentos. Por isso, vou votar contra o requerimento da vereadora”, afirmou Collins na ocasião.
A parlamentar disse, também, que esse tipo de pedido poderia ocasionar uma leva de pedidos similares, causando problemas para o Poder Legislativo e para a sinalização de trânsito da cidade. “Respeito todas as pessoas. As pessoas têm liberdade de expressão e fazer todo tipo de campanha. Mas quando tratamos do patrimônio público e de querer alterar as cores da cidade, acho complicado. Considero que isso não vai fazer bem para a nossa cidade, no sentido de que vamos atender a grupos e pessoas, dizendo sim para uns e não para outros”
Em um aparte, Cida Pedrosa explicou que a proposta tem caráter temporário e serve para demarcar a Parada da Diversidade, evento que não poderá acontecer neste ano em decorrência da pandemia de covid-19. “Eu tenho consciência da resolução do Contran, que diz que não é possível colocar cores nas faixas de pedestres. Mas nós temos a possibilidade de fazer isso se for temporariamente. Foi feito em Salvador, em Fortaleza, em Brasília. Pode-se fazer como uma questão temporária. Essas cores trazem a possibilidade de discutir o respeito a uma população que é extremamente desrespeitada e violada. Como neste ano não temos a possibilidade de ter a Parada da Diversidade por conta da pandemia, essa é uma forma de visibilizarmos a luta contra o preconceito, pelo direito à livre orientação sexual, pelo respeito e contra a violência”.
Em 31.05.2021