Dani Portela recorda um ano da morte do menino Miguel
“Amanhã, dia 2 de junho, completa um ano desse crime cometido contra Miguel e sua mãe, uma mulher negra, empregada doméstica que não teve o direito a realizar o isolamento social, mesmo quando estávamos em lockdown e que foi obrigada a seguir trabalhando, mesmo quando estava doente de covid-19, que pegou na casa dos patrões”.
Dani Portela enfatizou que a morte de Miguel revelou uma série de problemas e desigualdades sociais enfrentados por grande parcela da população. “Em contraposição a uma outra parcela que não abre mão dos seus privilégios, mesmo que isso custe a vida de muitos. Mirtes, mulher negra, mãe, trabalhadora doméstica que atendia ordens da família Corte Real precisava estar ali para garantir a sua sobrevivência, mas como infelizmente ocorre com várias mães que muitas vezes não têm com quem deixar seus filhos e num contexto de pandemia, onde as escolas precisam estar fechadas, a única alternativa era levar Miguel para o trabalho. Se fosse Mirtes que tivesse abandonado o filho de sua patroa, ela estaria solta?”.
A parlamentar lembrou que o caso está sendo acompanhado por instituições não somente locais, como mundiais. “Várias instituições locais e mundiais pedem justiça. O nome dele é Miguel e só tinha 5 anos de idade. Amanhã é dia de luto e onde mais um menino negro morreu nesse país. Justiça por Miguel e toda a solidariedade de uma dor de uma mãe chamada Mirtes”.
Em 01.06.21