Michele Collins discute requerimento sobre mensagem em ponte

Nesta terça-feira (1), na reunião Ordinária da Câmara Municipal do Recife, a vereadora Michele Collins (PP) analisou e votou contrário ao requerimento de número 4296/2021, de autoria da vereadora Liana Cirne (PT). A proposição solicita ao prefeito da cidade, a manutenção da manifestação artística, realizada pelo projeto Mãos Solidárias, na ponte Maurício de Nassau com os dizeres "Vacina no braço comida no prato". O requerimento foi rejeitado no plenário virtual.

“Então todas as organizações que fizerem um movimento vão poder se expressar dessa forma. Não me sinto à vontade. É um pedido de uma organização e garantindo o direito da mensagem ficar no chão. É uma frase de um grupo ideológico e que, independente do conteúdo, precisa ter cuidado.  A Secretaria de Controle Urbano poderia até se manifestar”, explicou Michele Collins.   

Segundo o requerimento, no último dia 1° de maio, Dia do Trabalhador, o Projeto Mãos Solidárias realizou um ato simbólico que teve concentração no Armazém do Campo do Recife, na Avenida Martins de Barros, e realização na Ponte Maurício de Nassau, no bairro do Recife. Na ponte foi produzida uma manifestação artística e política por meio de uma pintura  com a frase de uma campanha nacional por vacinação em massa contra a covid-19 e combate à fome: “Vacina no braço comida no prato". 

No aparte, o vereador Ivan Moraes (PSOL) falou que votaria favorável ao requerimento e analisou sobre a frase que seria fixada: Vacina no braço e comida no prato. “É só para deixar o texto que ali está. Acredito na liberdade de expressão”.

Já os vereadores Renato Antunes (PSC) e Luiz Eustáquio (PSB) votaram contrários ao requerimento. “Toda iniciativa artística é válida, mas temos que ter a preocupação na questão de deixar fixa. Já vi mensagens como ‘Jesus vive’ ou ‘Jesus vai voltar’ nos muros da cidade, e não concordo”, enfatizou Renato Antunes. “Também tenho a preocupação de colocar muitas frases na cidade como definitivas. Acho que a frase ‘Vacina no braço e comida no prato’ é importante para aquele momento”, completou Luiz Eustáquio.

Em 01.06.21