No Dia do Orgulho LGBT, Liana Cirne enaltece ensino sobre respeito no ambiente social

Dia 28 de junho, Dia do Orgulho LGBT. Nesta manhã, durante a reunião Ordinária remota, a vereadora Liana Cirne (PT) proferiu um discurso sobre o tema para marcar a importância da celebração contra o preconceito e pelo direito à igualdade. Na ocasião, ela repercutiu casos recentes de violência contra essa população e destacou a necessidade de ensino sobre o respeito em ambientes que não se restringem à convivência familiar.

“Quando a gente clama por direitos e por respeito, não está pedindo privilégios, como alguns grupos sociais insistem em, falaciosamente, defender”, afirmou a parlamentar. “Por que orgulho? Porque estamos falando de pessoas cuja afetividade e sexualidade foram mantidas dentro do armário por muito tempo. Pessoas que foram vítimas de violência moral, psíquica e física no país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo. E nós, em Pernambuco, estamos no sétimo Estado que mais mata pessoas trans e travestis do Brasil”.

Cirne lamentou o ataque sofrido pela mulher trans Roberta Silva, queimada viva por um adolescente na última quinta-feira (24), na região central do Recife. “É impressionante que, há 52 anos, precisemos celebrar um dia para clamar por orgulho. E orgulho é uma palavra que significa respeito. É normal um adolescente atear fogo em uma pessoa viva? Roberta está no hospital e provavelmente vai amputar os membros superiores. Como esse adolescente aprendeu esse ódio? Ódio se ensina. E, infelizmente, ensina-se inclusive dentro dos colégios”.

A vereadora mencionou o caso de uma escola localizada na Região Metropolitana da capital, que se posicionou contra a campanha sobre o Orgulho LGBTQIA+ promovida por uma rede de fast food. No centro da polêmica, está a opinião de que o tema deve ser abordado com crianças apenas na intimidade da família, sem discussão pública. “Não é banal que um colégio da Região Metropolitana do Recife tenha publicado em suas redes sociais uma mensagem de ódio, como se casais homossexuais tivessem que ensinar o respeito dentro das suas casas de forma exclusiva. Se nós defendemos isso, o que estamos estimulando é que crimes de ódio como esse que vitimou Roberta se repitam. Respeito tem que ser ensinado dentro do colégio e em qualquer lugar. Até mesmo onde a gente faz as refeições”.

Em 28.06.2021