Renato Antunes se solidariza com mulher queimada e propõe reflexão sobre fobia

O vereador Renato Antunes (PSC) manifestou solidariedade para com Roberta, a mulher trans, de 33 anos, que foi queimada viva no Cais de Santa Rita, no Centro do Recife. Levada ao Hospital da Restauração, pelo SAMU, constatou-se que Roberta teve 40% do corpo queimado. “Ela teve a vida mudada, dizem que por ação de um adolescente. Mas, eu não o chamo de adolescente e sim um marginal. Ele a tratou de forma desumana, e está à margem da lei”, disse.

O discurso do vereador foi feito durante a reunião virtual Ordinária realizada pela Câmara Municipal do Recife na manhã desta segunda-feira (28). “Quero expressar a minha solidariedade e desejar a ela a recuperação plena. Mas, hoje também é um dia que muito se fala do orgulho LGBTQIA+ . Pela passagem desse dia, sinto que é preciso trazer clareza e reflexão para o termo fobia. Os radicais querem confundir esse termo incluindo nele as  pessoas que têm cosmovisão diferente. Os radicais simplesmente não respeitam os pensamentos antagônicos”.

Na condição de pastor evangélico, o vereador disse que já foi chamado de homofóbico por afirmar  que “a prática do homossexualismo é pecado”. No entanto, ele disse que a afirmação “é apenas uma questão de fé”. Não concordar com as relações homoafetivas ou com o casamento de pessoas do mesmo sexo, disse o vereador, não representa uma homofobia. Em seguida, leu o significado do termo fobia, que está em dicionário. “Fobia configura um transtorno, uma ansiedade, caracterizada pelo medo. É algo desproporcional. Há pessoas que precisam ser trabalhadas porque odeiam. Isso sim é fobia”.

Renato Antunes afirmou que espera que “fobia” não seja  “o caso dos vereadores desta Casa” que pensam de forma semelhante a ele. No final de seu discurso, o vereador disse que prestava solidariedade à Escola Eco Prime, localizada em Aldeia, que no final de semana se envolveu em polêmica ao criticar a propaganda de uma lanchonete, que defendeu a família não tradicional. “Por causa do seu posicionamento contra a lanchonete, a escola sofreu muitas agressões nas redes sociais. Mas, se trata de uma escola bem conceituada, confessional, protegida por lei. A escola tem o direito de se manifestar, mas foi agredida justamente pelas pessoas que criticam aqueles que têm posicionamento diferente. Por isso, minha solidariedade à Escola Eco Prime”, disse.


Em 28.06.2021.