Agências bancárias no Recife podem aceitar depósito em dinheiro, sem uso de envelope

A obrigatoriedade de todas as agências bancárias localizadas no Recife possuírem de um a dois caixas eletrônicos que aceitem depósito em dinheiro, sem o uso de envelope, é o teor do projeto de lei Ordinária 83/2020 da Câmara do Recife, de autoria do vereador Chico Kiko (PP). A matéria, que já tramitou nas comissões e foi aprovada no plenário virtual, aguarda sanção do prefeito do Recife. O objetivo da proposta é acelerar as transações bancárias diminuindo o tempo nas filas e "proporcionando mais confiança para os clientes".

O vereador Chico Kiko mencionou, no texto do projeto de lei, bancos como Bradesco, Santander e Itaú que, em seu entendimento, poderão adotar a medida. "O dinheiro depositado nesses caixas cai imediatamente na conta do destinatário e fica disponível para saque na mesma máquina, reduzindo despesas com o transporte de notas, o que aumenta a segurança e evita a utilização excessiva de papel", justificou o parlamentar.

Em parágrafo único, o documento da proposição diz que "os caixas eletrônicos deverão ser de uso específico para a realização dos depósitos em dinheiro sem envelope".

O que deu base para a proposta do vereador foi uma publicação do jornal Folha de S.Paulo, dizendo que em 2014 o Bradesco colocou à disposição dos clientes um caixa eletrônico que permite depósitos feitos em dinheiro, sem a necessidade de envelope. Além de identificar se as cédulas são verdadeiras ou falsas, o terminal também é chamado de "caixa inteligente".

No entanto, a agência com o "caixa inteligente" fica localizada em São Paulo e até a publicação da matéria, o banco ainda estudava outros locais para que os clientes também pudessem ter acesso ao serviço. "O novo terminal não faz reciclagem do dinheiro, apesar de aceitar depósito de cédulas sem uso do envelope. Segundo consultores, a reciclagem do dinheiro exige uma reforma maior para o banco do que simplesmente substituir os caixas eletrônicos, pois requer controle individual de cada equipamento para saber quanto dinheiro entrou e saiu", explicou a matéria da Folha.

Em 14.07.21