Teixeira Neto quer prioridade para lactantes no grupo de vacinação contra a Covid-19

Para incluir as lactantes no grupo prioritário do Programa Emergencial de Vacinação para o combate e a erradicação da Covid-19, no Recife, o vereador Alcides Teixeira Neto (PSB) apresentou o projeto de lei 232/2021, na Câmara Municipal. A proposta, que já está cumprindo prazo para recebimento de emendas, estabelece que a vacinação das lactantes será operacionalizada por Secretaria ou Órgão Municipal competente, podendo ser realizados convênios ou parcerias com outras instituições públicas e privadas.

Antes de apresentar o projeto de lei, o parlamentar fez um levantamento e constatou que pesquisas desenvolvidas ao longo do ano de 2020 comprovam que os anticorpos da mãe vacinada são transmitidos ao bebê através do leite materno sem riscos para o lactente, o que garante a proteção de pelo menos duas pessoas a partir de uma única dose de vacina (se essa mãe for doadora de leite, esse número é ainda maior).

De acordo com o vereador Alcides Teixeira Neto essa se mostra uma estratégia de imunização eficiente e econômica, além de estar associada a uma política pública de incentivo ao aleitamento materno, cuja média de tempo no Brasil é de apenas 54 dias, ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendem o aleitamento materno por 24 meses.

Por isso, ele justificou o projeto de lei dizendo que vacinar todas as lactantes é investir em saúde e bem-estar da população brasileira e suas futuras gerações. “Vacinar lactantes é reconhecer o direito humano à saúde e à proteção constitucional da maternidade como objetivo prioritário dos Gestores Públicos da Cidade do Recife”, disse.

Se a vacinação de lactantes tem efeito multiplicador, a carência de vacinas traz consequências nefastas para a população. O vereador lembrou que, segundo um cálculo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), já se contam pelo menos 45 mil bebês, crianças e adolescentes que perderam pai e mãe na pandemia do novo coronavírus. “As consequências do número de mortes e da desestruturação familiar ainda são desconhecidas, mas temos condições de diminuir esses impactos a partir do momento em que também vislumbrarmos o ‘horizonte’ de imunização de mães e bebês como estratégia de proteção e sobrevivência familiar. É preciso acelerar a vacinação de todas as mulheres lactantes, especialmente no País que mais perde bebês com menos de 2 anos para a Covid-19 no mundo”, observou.


Em 12.07.2021.