Ana Lúcia repudia publicação de matéria em jornal local

Na reunião Ordinária virtual desta segunda-feira (27), a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) repudiou a publicação da matéria cujo título foi: 'Denominação de Cosme e Damião por evangélicos dá corda para intolerância religiosa'. O texto foi publicado pela Folha de Pernambuco na edição do último final de semana. A parlamentar criticou a atuação da mídia por "não tratar os temas com a mesma balança".

"A matéria traz uma linha de intolerância religiosa que me senti agredida. A Folha de Pernambuco traz, no site, uma matéria falando da festividade católica em torno dos santos Cosme e Damião, mas não aborda a crença e fé dos católicos. Crença e fé são coisas que ninguém tem o direito de questionar e criticar, mas ao invés de se deter em falar da comemoração dos católicos, ela trouxe uma matéria muito pejorativa", disse. 

Ana Lúcia defendeu que os pastores "não demonizam as práticas" da festa de Cosme e Damião. "Muito pelo contrário, respeitamos a todos, inclusive temos o cuidado de não fazer nenhum tipo de citação em nossos estudos. Até porque não é prática e nem nosso dever. Nas igrejas, temos que fazer a defesa da Palavra de Deus. Há de ter por trás dessas entrelinhas um interesse próprio e a sociedade não percebe isso. Esses comentários estragam as pessoas e falam mentiras. Algumas dessas pessoas da reportagem deram o nome ou falaram quem foi o pastor nosso que demonizou a prática, a forma de cultuar da igreja católica? Coloquem os nomes, digam onde foi". 

Em aparte, o vereador Renato Antunes (PSC) observou que não é "a mídia como um todo" que discrina as religiões e dizem inverdades sobre elas. "Mas, parte dela, muitas vezes, ataca a Igreja Universal que, além da proclamação do Evangelho, tem um braço social muito grande e não procura atender as pessoas levando em conta a fé individual, orientação sexual, condição social. Atende a todos estendendo a mão amiga. A gente não vê uma linha defendendo, mas comentários para gerar polarização", disse. 

A vereadora Michele Collins (PP) também se mostrou indignada com a matéria. "É importante que tenhamos esse cuidado, porque a matéria claramente promove a intolerância religiosa, ela joga uma religião contra a outra, e o jornalista precisa ter muita responsabilidade com a informação. Nós da religião evangélica respeitamos a católica, somos muito respeitados, respeitamos religiões de matrizes afro e também somos respeitados. Esse respeito precisa ser mantido, nutrido". 

O vereador Júnior Tércio (Podemos) afirmou que as religiões que têm fundamento cristão são aliadas, entre as quais estão as de denominações evangélicas e a católica. Essa união, disse ele, estaria incomodando inclusive setores da comunicação. "Nesse momento de ataque aos nossos valores, é demonstrado essa aliança política em defesa da família. Evangélicos e católicos estão unidos em pautas como a união da família tradicional e isso incomoda o outro lado e gera desconforto. Eu poderia chamar de fofoca na comunicação, fofoca digital". 

Por sua vez, o vereador Rinaldo Júnior (PSB) reafirmou a opinião dos colegas parlamentares e prestou solidariedade à Igreja Universal "e a todas as religiões ofendidas naquela matéria". Ele acrescentouq que "a gente não pode querer colocar as religiões uma contra a outra, até porque Jesus foi amor, não foi divisão. Ele construiu pontes, e não muros". 

O vereador Felipe Alecrim afirmou, por sua vez, nunca ter ocorrido "qualquer tipo de animosidade" entre as igrejas e religiões. "Caminhamos juntos e são muitas as pautas que nos une, questões ligadas à doutrina são particulares em cada igreja, o respeito sempre existiu. Nesses últimos tempos temos observado muitos ataques à nossa fé e a missão evangelizadora e social. As igrejas precisam ser respeitadas".

Em 27.09.21