Júnior Tércio reclama de decreto do governo do Estado sobre templos

Durante a reunião plenária virtual da Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira (28), o vereador Júnior Tércio (Podemos) se afirmou indignado com o novo decreto do governo de Pernambuco. A medida determina a exigência da comprovação do esquema vacinal completo e/ou de apresentação de resultado negativo à covid-19, para quem desejar participar, presencialmente, de celebrações religiosas com mais de 300 pessoas.

O parlamentar reclamou do decreto que foi publicado nesta segunda-feira (27) em uma edição extra do Diário Oficial do Estado. “É uma ditadura sanitária”, ressaltou. “É uma perseguição religiosa. Talvez você diga: ‘ele está preocupado com a saúde do povo’. Então, vá no Hospital Otávio de Freitas para ver o que é abandono”, criticou.

Júnior Tércio disse, também,  que já se vacinou, mas sabe que o imunizante não impede um  não contágio, por isso, falou que não vê necessidade para tamanha exigência às igrejas. “Eu espero que o governador repense. Eu quero ver se no Galo da Madrugada vão pedir comprovante de vacinação”.

Ele disse que o PSB  partido do governado do Estado, Paulo Câmara, “se intrigou das Igrejas” e lembrou de ações sociais  desempenhadas  pelas instituições religiosas.  Citou, ainda,  que o Tribunal do Justiça do Rio de Janeiro, suspendeu o decreto da Prefeitura do Rio que tornava obrigatória a vacina para os servidores municipais.

O vereador Renato Antunes (PSC) compartilhou da opinião. “É uma discussão republicana, feita numa Casa republicana. Mas, a atitude do governador  Paulo  Câmara não foi republicana, nem democrática”. Ele afirmou que “não houve uma escuta às comunidades evangélicas, espíritas e católicas”. Disse também que”a  igreja não é contra a vacina., mas todo cidadão é livre”. Lembrou que está vacinado,  mas acredita que a  vacina não pode ser uma imposição, uma obrigação e sobretudo medida de exclusão.  

Outra parlamentar a tomar posição semelhante, foi a vereadora Ana Lúcia (Republicanos). “Você exigir o ciclo vacinal para shows, cinemas e teatros onde as pessoas escolherm se  devem ou não estar é uma coisa. Mas exigir ciclo vacinal  para quem vai à  igreja, é desconhecer totalmente o trabalho das instituições religiosas”.  Ela destacou que não se trata de negacionismo. “Eu mesmo estou vacinada com as duas doses. Nenhum pastor coloca para o membro ou fiel que não deva se vacinar, não é isso. O que  está em cheque é o direito de se cultuar”.

Em 28.09.2021